Já pensou em pilotar uma motocicleta com teto que não cai nunca? Essa é a promessa da empresa americana Lit Motors, que desenvolveu o protótipo C-1, que graças à utilização de dois giroscópios em seu projeto estrutural mantém o modelo sempre "em pé".
Já para fazer curvas e contornos é possível inclinar a moto, como nos modelos tradicionais, mas sem risco de queda por desequilíbrio. Segundo seus criadores, mesmo parado o C-1 não tomba nunca.
Apesar do visual e do porte de moto, o C-1 vem equipado com volante no lugar do guidão e assentos com encosto para levar duas pessoas. O sistema de propulsão é composto de motores elétricos nas rodas, que podem levar o veículo a uma velocidade de 160 km/h. A autonomia é suficiente para até 320 km.
A Lit Motors não faz previsões de quando o C-1 poderia ser produzido em larga escala, pois ainda depende de parcerias e aprovações legais, mas no site da empresa (litmotors.com) é possível fazer a reserva do veículo com preço estimado de US$ 19.900 (cerca de R$ 41 mil) com entrega prevista para 2014.
O número alarmante de ocorrências de roubos e furtos de motos na cidade de São Paulo e região metropolitana, agravado pelos últimos acontecimentos com mortes de motociclistas em assaltos, vêm tirando a tranquilidade e o sono de quem anda de moto há algum tempo.
Cansados desta situação, um grupo de motociclistas esta promovendo um grande protesto contra essa situação. O Buzinaço pela Paz está marcado para esse domingo, dia 13, às 10h, no estacionamento da Praça Charles Miller, em frente ao estádio do Pacaembu.
Um dos organizadores da manifestação, o jornalista Geraldo Tite Simões, diz que a intenção do movimento não é levar faixas de protestos, nem camisetas com fotos de vítimas, mas chamar a atenção das autoridades e alertar a sociedade para esta situação que está insuportável para quem anda de moto.
Segundo Geraldo Simões, as motocicletas esportivas são o alvo mais cobiçado pelos ladrões e os ataques acontecem geralmente nas estradas. “Eles ficam de campana nas estradas, sempre próximo a São Paulo, à espera de um motociclista, de preferência sozinho. Perseguem, apontam a arma e se o motociclista não parar atiram”.
Outro “modus operandi” dos ladrões é abordar nos bairros nobres, pouco vigiados. “Eles não se intimidam mais com câmeras de vídeo, ou vigilantes, a ousadia é proporcional à sensação de impunidade”, alerta Geraldo Simões.
SERVIÇO
Buzinaço pela Paz
Dia 13 de janeiro, domingo
Na praça Charles Miller, estádio do Pacaembu, São Paulo (SP)
A partir das 10h
Fotos: Divulgação
Que piloto de motocicleta nunca caiu? Independente do mundo que ele pertence, Motocross, Supermoto ou Motovelocidade, “levar um chão” é quase inevitável. Principalmente em esportes como estes onde há uma busca incansável por melhores resultados, que quase sempre, se resumem em reduzir o tempo de volta do traçado.
Devido a grande experiência dos pilotos e a alta tecnologia e qualidade empregada nos equipamentos, na maioria das vezes, o piloto mal acaba de cair e já está se levantando para ver se a moto ainda está funcionando para voltar à pista. Porém, nem sempre é assim. Além disso, mesmo que aparentemente o piloto esteja bem, algumas medidas preventivas devem ser tomadas para assegurar a saúde do piloto.
O fato do piloto se levantar e andar pode ser interpretado pelo diretor de prova que ele está bem. Porém, é importante que o piloto passe algumas informações sobre seu estado para o resgate ou para a equipe de apoio, por exemplo, estou bem, preciso de ajuda ou não preciso de ajuda, pois o médico depende da autorização do diretor de prova para entrar em pista e iniciar os procedimentos.
Segundo o Dr. Marcos Korukian, médico responsável pelos primeiros socorros aos pilotos do Moto 1000 GP, pela alta frequência com que estes acidentes ocorrem, a prioridade no atendimento e nos cuidados com o piloto acidentado são com lesões de vias aéreas, lesões de cabeça e lesões de pescoço. “O atendimento inicia com a observação de cada movimento, a simples observação da cena do acidente traz ao médico informações úteis de possíveis traumas ou lesões adquiridas mesmo antes da queda”, afirma Dr. Korukian.
Diferentemente de outras modalidades esportivas, existem certas particularidades na abordagem do piloto de motovelocidade acidentado, especialmente relacionadas aos equipamentos de segurança que tornam o acesso às vias aéreas e a coluna vertebral mais difícil e ainda podem agravar ao quadro caso algumas medidas não sejam tomadas. Por exemplo, devido ao “cupim”, o pescoço deve ser aparado com a mão e posteriormente imobilizado, mas o procedimento não é tão simples assim.
Dr. Korukian explica que “após a retirada do capacete, coloca-se o colar cervical e os Head Block (suportes laterais), mas como tem o cupim, a cabeça não fica apoiada na prancha rígida. Então, colocamos um bloco/travesseiro, para apoiar a cabeça. Já que a cabeça não chega à prancha, fazemos um calço para levar a prancha até a cabeça e oriento sempre o meu assistente a manter a estabilização da cabeça e da coluna cervical com apoio das mãos para evitar a lateralidade (movimento de rotação do pescoço), já que os tirantes que irão apoiar a testa e o queixo vão estar curtos porque levantamos a cabeça”.
Outro ponto importante é o bom atendimento, que pode exercer grande diferença na evolução clínica e evitar sequelas ao piloto acidentado. Dr. Korukian alerta que o atendimento deve seguir uma ordem de prioridade: (A) vias aéreas e controle da coluna cervical, (B) respiração e ventilação, (C) controle de hemorragia, (D) avaliação neurológica e por fim (E) exposição, despir o paciente para melhor avaliação. Além disso, por ser um esporte que gera acidentes com alta energia, o piloto deve sempre ser posteriormente avaliado por um médico de confiança para excluir lesões de baço e fígado, que podem apresentar sintomas até uma semana após o acidente.
Porém, o atendimento deve ser feito sempre por um médico ou socorrista. Dentro de um circuito fechado, há uma obrigatoriamente do apoio de uma ambulância e um médico. Mas, caso o acidente acontece fora desse ambiente, o ideal é que seja acionado o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o SAMU, através do número telefônico 192.
Dr. Korukian ainda complementa que, nesses casos, enquanto não há médicos ou socorristas, somente se deve mexer no acidentado quando este estiver em um local de risco iminente ou quando a sua postura estiver obstruindo as vias aéreas, pois o quadro pode ser agravado caso os procedimentos corretos não sejam tomados. Além disso, mesmo que após o acidente aparentemente esteja tudo bem, passar por uma avaliação médica é sempre recomendável.
Dr. Marcos Korukian
Mestre em Ortopedia e Traumatologia pela Universidade Federal de São Paulo
Doutor em Medicina pela Unifesp Universidade Federal de São Paulo
Coordenador Médico do Hipismo nos Jogos Pan Americanos Rio 2007
Diretor Médico da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH)
Medico da Motovelocidade Moto 1000 GP
Fotos: Leandro Lodo/Divulgação
Duas ou quatro rodas? Muitos se deparam com essa dúvida na hora de escolher qual tipo de veículo usar na cidade. Embora o carro ainda seja o meio de transporte particular mais comum entre os paulistanos, os novos condutores de motos tem aumentado.
Em 2012, foram emitidas 19,8 mil carteiras de habilitação para moto na cidade de São Paulo, cerca de 20% a mais do que em 2011.
Boa parte desses novos pilotos comprou a moto para lazer ou deslocamentos diários, e não para atividades profissionais. A prova disso é a queda nas vendas de motos de baixa cilindrada, usadas pelos motoboys, que enfrentam dificuldades com a restrição do crédito para financiamentos.
O fisioterapeuta Tiago Mena Barreto, 33, faz parte do grupo que prefere usar uma motocicleta em deslocamentos urbanos. Ele usa um scooter Honda Lead 110 para atender seus pacientes.
"Trabalho em regiões bastante congestionadas e com poucos lugares disponíveis para estacionar. Usando o scooter, consigo atender até 10 pacientes por dia. Porém, quando chove, tiro o carro da garagem. Isso aumenta meu tempo no tráfego e me leva a perder dois ou três pacientes", afirma o fisioterapeuta.
Além do ganho de tempo, a economia de combustível foi outro fator que levou Barreto a comprar o scooter. "Economizo cerca de R$ 300 em gasolina ao mês".
Porém, andar de motocicleta na cidade ou na estrada requer treinamento e uma nova percepção do trânsito.
"Não é correto falar que motos são perigosas. Na verdade, o que muda são os conceitos de segurança em comparação aos automóveis", afirma Geraldo "Tite" Simões, piloto e instrutor de pilotagem.
O instrutor ressalta que a segurança ativa é o mais importante quando se está sobre duas rodas. Isso envolve itens como eficiência dos freios, pneus em boas condições de uso e o próprio comportamento dinâmico da motocicleta. "Daí vem a necessidade de se usar os equipamentos obrigatórios de segurança diariamente".
Além do capacete, é recomendável utilizar jaqueta, luvas e calçado fechado.
Nos carros, a segurança passiva fica em evidência por meio de itens como cintos de segurança, célula de proteção da cabine e airbags.
Segundo Tite, alguns modelos de motos são mais indicados para quem está começando a pilotar.
"O scooter é um bom começo por ter câmbio automático, ser compacto e fácil de pilotar. Só peca pelas rodas pequenas, mais instáveis em asfalto ruim. Outra boa opção são as motos 250, que oferecem freios e suspensão mais eficientes do que as 125".
Um grande desafio para os iniciantes é saber como circular com segurança entre os carros e ter de dividir espaço com motociclistas mais experientes -e apressados.
"Há um risco enorme quando os pilotos novatos tentam pilotar como os motoboys. Muitos desses profissionais conduzem seus veículos de modo imprudente, mas, por rodarem muito, acabam aprendendo. O iniciante não tem tanta habilidade e, ao tentar segui-los, pode se envolver em acidentes", diz o instrutor.
Os valores e os requisitos necessários para tirar habilitação de carro ou de moto são similares, como as quinze aulas práticas (no mínimo), as provas e o exame médico. Em ambos os cursos, o condutor recebe apenas noções básicas.
Especialistas consultados pela Folha recomendam que os pilotos recém-habilitados devem enfrentar o trânsito de maneira gradual, para entender as vantagens e os riscos de usar motocicletas.
Os veículos de duas rodas conseguem se deslocar de forma mais rápida. Nos horários de pico, por exemplo, enquanto a média horária dos carros em São Paulo não chega a 10 km/h, as motos dificilmente rodam com velocidade inferior a 20 km/h.
O instrutor de pilotagem Geraldo "Tite" Simões faz um alerta: "Não se pode transformar essa vantagem em exposição ao risco. Rodar a 40 km/h no corredor quando os carros estão a 20 km/h significa percorrer um mesmo trecho na metade do tempo. Já circular acima do dobro da velocidade dos automóveis é confiar demais na sorte e nos reflexos".
Em congestionamentos, motoristas costumam ficar trocando de faixa e nem sempre dão seta. Por isso, a moto precisa se fazer visível, seja por meio do farol aceso (que é obrigatório) ou da buzina, quando necessária.
Cruzamentos são pontos críticos. Uma batida com um carro que furou o farol vermelho, por exemplo, pode causar um acidente fatal.
equipamentos
Entre os equipamentos de segurança da moto, um dos mais importantes é aquele que protege diretamente o condutor, como jaquetas e calças apropriadas, calçados fechados e luvas reforçadas.
Novidade é o colete inflável, uma espécie de airbag que ajuda a proteger o tórax nas quedas. Esse item custa cerca de R$ 2.000 em lojas de acessórios.
O freio traseiro precisa ser usado. Ele serve como "leme" da trajetória em situações de emergência e o ideal é uma ação de 30% na frenagem em relação ao dianteiro. Os modelos mais sofisticados trazem também ABS, que evita o travamento das rodas nas frenagens de emergência.
Regulamentos Esportivos e Disciplinares
Efeito Imediato:
Foi reconhecida a necessidade de abordar o problema dos pilotos que estão constantemente sendo avisados, ou penalizados, por colocarem em perigo outros pilotos, ou por cometerem outras ofensas sérias, como ataques a comissários, ou outros oficiais. Para resolver este problema foi aprovado novo sistema de Pontos de Penalização.
A Direção de Corrida pode penalizar um piloto com determinado número de Pontos de Penalização de um a dez. Esta penalização pode ser aplicada no lugar de, ou em adição a outra penalização. Os pontos “são somados” ao longo da temporada e quando se atinge determinados totais são aplicadas as seguintes penalizações de forma automática:
- Quatro Pontos - Parte para a próxima corrida do final do grid
- Sete Pontos - Parte para a próxima corrida dos boxes
- Dez Pontos - Desclassificação do evento seguinte
Uma vez aplicada a penalização prevista para os dez pontos o total volta a Zero. Os pontos não transitam para a temporada seguinte.
Várias alterações ao procedimento de partida foram aprovadas:
- A abertura dos boxes é acompanhada de bandeira verde à saída dos boxes em adição à já existente luz verde.
- Não será apresentada bandeira vermelha na frente do grid após a conclusão da volta de apresentação.
- Os aquecedores de pneus têm de ser removidos de imediato logo após a apresentação da placa de um minuto.
Após a aprovação do novo procedimento de qualificação para a classe da MotoGP é também necessário determinar o critério para participação na corrida – a regra dos 107%. Para poder alinhar nas sessões de qualificação um piloto tem de atingir um tempo melhor que 107% da marca do piloto mais rápido em qualquer uma das quatro sessões de treinos livres.
Já não é possível qualificar-se para a corrida com base nos tempos do warm-up. Os pilotos nomeados como substitutos de um piloto lesionado após a realização de algumas sessões de treinos livres e que não tenham atingido os 107% serão autorizados a participar na Qualificação 1, onde têm de atingir um tempo de qualificação.
Os pilotos que alinharem na sua primeira corrida da temporada e não estiverem presentes no briefing da FIM podem incorrer em penalização, mas já serão automaticamente desclassificados.
A responsabilidade de acender as luzes vermelhas traseiras em condições de chuva cabe agora as equipes. Não serão apresentadas placas.
Já não é necessário notificar uma equipe e obter o reconhecimento da mesma por parte da equipe quando há imposição de penalização de passagem pela via de boxes devido a falsa partida. A informação da penalização será apresentada ao piloto na linha de partida e incluída na página de informação dos ecrãs de cronometragem.
Deixa de existir uma multa mínima que a Direção de Corrida pode aplicar. O máximo da multa é agora de 50.000, euros.
Regulamentos Técnicos
MotoGP
Efeito Imediato:
Não são permitidas rodas de Compósito de Carbono. (Como é já o caso na Moto3 e Moto2).
A exceção garantida às inscrições CRT de 2012 para poderem usar discos de freios de diâmetro diferente dos 320mm especificado nos regulamentos não transita para 2013.
Será introduzida uma distribuição de pneus revista. Por princípio, os pilotos vão receber um pneu traseiro adicional e o frontal “macio” oferecido como opção em 2012, mas não usado, não estará disponível. Neste caso, a exceção respeitante à distribuição de diferentes graduações de pneus frontais em circuitos específicos será cancelada. A decisão final da composição da distribuição dos pneus será tomada após o teste oficial de Sepang de 5 a 7 de Fevereiro.
Neste contexto, o fornecedor oficial de pneus vai facultar um traseiro “macio” para uso das CRT.
Efeito em 2014:
Foi aprovado um processo de homologação das especificações do motor “congelado”. Foi confirmado que esta regra não se aplica às CRT e que diferentes equipes que usem a mesma marca de máquina MSMA podem ter os seus motores homologados com especificações diferentes.
Efeito em 2015:
O preço máximo que pode ser cobrado pelo fornecimento de freios e suspensões será imposto. Estão também a ser levadas a cabo investigações com o objetivo de regular preços para “serviços contratados” para os mesmo produtos.
Classes de Moto3 e Moto2
Efeito Imediato:
O sistema de mudanças rápidas [caixa de velocidades] da classe de Moto2 tem de ser aprovado pelo Diretor Técnico.
A distribuição de pneus para a classe de Moto2 é alterada. De futuro, os pilotos terão disponíveis os seguintes limites de pneus:
8 frontais de duas especificações padrão.
9 traseiro de duas especificações padrão.
As especificações em si serão determinadas pelo fornecedor oficial e todos os pilotos receberão lotes iguais. Os números frontais de competição nas máquinas de Moto3 e Moto2 têm de ter uma separação mínima de 10mm entre números de dois algarismos. Não são permitidos fundos refletores.
Efeito em 2014:
Para garantir que as equipes de Moto3 são fornecidas com motores da mesma especificação a preços razoáveis foi acordado que os motores serão fornecidos através do organizador da competição e distribuídos aleatoriamente. Os momentos não serão devolvidos para manutenção, mas serão mantidos pelas equipes para outros fins, ou venda, assim que atingirem a quilometragem normal.
Continuam a decorrer discussões sobre o número máximo de pneus permitidos e a rotina e pequenas manutenções que serão permitidas e os regulamentos finais serão anunciados durante o GP do Qatar de 2013.
Serão impostos preços máximos para máquinas completas de Moto3 e os preços máximos dos chassis e principais componentes das classes de Moto3 e Moto2 serão especificados. Uma vez mais, os regulamentos finais serão anunciados durante o GP do Qatar de 2013.
Foto: Divulgação











