A missão da KTM, marca austríaca de motocicletas, é transferir seu know-how vencedor das pistas de motocross, enduro e rali para os modelos de rua. Um importante passo nessa direção foi o lançamento mundial da nova KTM 990 SM T ABS, uma supermoto de alto desempenho, que aconteceu no badalado balneário de Marbella, na costa sul espanhola. Como o próprio nome deixa explícito, a principal mudança na versão 2011 é a adoção do sistema de freios ABS.
“Neste momento, a KTM está investindo alto para oferecer mais segurança para piloto e garupa. Em um próximo passo pensamos até na introdução do sistema de controle de tração para o modelo”, adianta Gerhard Frauscher, gerente de projeto da KTM.
“O desenvolvimento do sistema de freio levou dois anos. Foram inúmeras horas de trabalho em parceria com a Bosch. Este é um ABS de ultima geração, batizado de 9M+. O novo sistema de freios, que pesa apenas um quilo, tem acionamento independente em ambas as rodas”, explica Jörg Schüller, gerente de produto da KTM. A 990 SM T ABS é a primeira moto de série a utilizar a tecnologia 9M+. Além da Bosch, outras empresas participaram ativamente deste no projeto: Marchesini (rodas de liga leve), WP (suspensões) e Continental (pneus).
Para a apresentação mundial foram convidados 45 jornalistas de todo o mundo. Apenas dois brasileiros - entre eles, este felizardo que vos escreve - participaram do evento, que aconteceu no clima frio e chuvoso no final de janeiro. Além do ABS, a 990 SM T ABS recebeu melhorias no motor, suspensão, freios e pequenas modificações estéticas como, por exemplo, a nova carenagem do farol. No tanque de combustível, logo da KTM em “3D”. A moto também ganhou uma tomada de 12 Volts, no painel, para ligar o GPS.
Para Gerhard Frauscher, a nova supermoto da KTM é uma fusão de desempenho, conforto e segurança. “Este novo projeto foi feito realmente para quem é apaixonado por motos, focando a satisfação do motociclista estradeiro”, resume o gerente de projeto da KTM, dizendo que esta evolução na 990 SM T ABS deixou a moto ainda mais fácil de pilotar.
Na prática
A convite da KTM do Brasil, a INFOMOTO viajou até a Espanha para participar do lançamento mundial da 990 SM T ABS e conferir in loco todas as qualidades da nova versão da supermotard austríaca. Chuva e frio (quase zero grau) marcaram a manhã de 28 de janeiro no balneário de Marbella. Mas depois da coletiva de imprensa, era hora de colocar literalmente o pé na estrada. O trajeto de cerca de 180 km – ida e volta entre Marbella e Ronda, na montanha – e as condições climáticas foram ideais para testar esta autêntica estradeira: trechos muito sinuosos, curvas em alta, longas retas, subidas e descidas. No caminho, mudanças bruscas de clima e temperatura: frio, chuva, serração, neblina e até sol. Parecia um grande parque de diversões para motociclistas. Só faltou a roda gigante.
Como na montanha russa, a adrenalina foi parte integrante de todo o percurso, principalmente no pé da serra, com termômetro na casa dos 3 graus e uma neblina tão densa que era impossível ver o motociclista à frente.
Logo ao subir na moto, o que mais me impressionou foi a ergonomia e, consequentemente, o conforto. Parece que mesmo rodando poucos metros a 990 SM T ABS já é sua antiga companheira de viagem. O motociclista se encaixa muito bem no banco e tanque. Até mesmo os baixinhos como eu, que meço 1,71 m.
Outro destaque é o motor quatro tempos de dois cilindros em “V”. Com 999 cm³ de capacidade, 116 cavalos de potência máxima a 9.000 rpm e 9,9 kgf.m de torque máximo a 7.000 rpm, a versátil 990 ABS conta com um propulsor que também gosta de trabalhar em baixas e médias rotações. Mas sem perder o fôlego para acelerar em altos giros.
Já nas retomadas, não é preciso baixar marchas para ganhar velocidade. Basta girar o acelerador e abusar do torque. A SM T 990 ABS esbanja força nas ultrapassagens, subidas ou saídas de curva.
Mas caso decida pilotar mais esportivamente, e trocar de marchas constantemente, o câmbio de seis velocidades oferece engates precisos. Muitas vezes o motociclista passa as marchas sem o auxílio da embreagem. Alimentado por injeção de combustível Keihin, o motor “V2” oferece respostas rápidas. São tão rápidas, que parece que o piloto está sobre a RC8, modelo superesportivo da KTM, equipada com o motor da mesma família da 990 SM T ABS, o LC8.
Ciclística
Comparando com a versão standard, lançada em 2009 e que vendeu até agora 5.100 unidades, a 990 ABS 2011 teve sua ciclística totalmente revisada. Ancorada em um chassi fabricado em aço cromo-molibdênio e subquadro em alumínio, o trem dianteiro conta com suspensão invertida da marca WP, com 160 mm de curso. Detalhe: há múltiplas regulagens de compressão e retorno. Em função da introdução dos freios ABS, houve uma redução do óleo na bengala. Além disso, a moto conta com freios da grife Brembro, com discos duplos flutuantes de 305 mm, mordidos por pinças de quatro pistões fixadas radialmente.
Na parte traseira, suspensão monochoque WP, com 180 mm de curso, e disco simples flutuante de 240 mm de diâmetro, também da Brembo, mordidos por pinças de dois pistões. As rodas de liga leve são da italiana Marchesini e estão calçadas com pneus Continental, nas medidas 120/70 ZR 17(D) e 180/55 ZR 17 (T). Pneus de perfil esportivo que, aliás, oferecem boa aderência no asfalto, mesmo em piso molhado. Porém, certamente, comprometem o desempenho no fora de estrada.
Eficiente, mesmo quando exigido em condições extremas, o conjunto ciclístico transmite boa dose de segurança ao piloto. Inconscientemente, a sigla “ABS”, por si só, já deixa o motociclista mais tranqüilo, confiante e seguro. E não foi à toa: mesmo experimentando travar as rodas no piso molhado, o sistema da Bosch garantiu frenagens sem sustos.
Outra característica marcante da KTM 990 SM T ABS é sua estabilidade. Em altas ou baixas velocidades, em longas retas ou em curvas fechadas, o quadro em treliça e as suspensões garantem a rigidez necessária em uma supermoto. Mas como uma boa fun bike, calçada com roda aro 17 de polegadas na dianteira, a 990 SM T ABS se mostrou “maneável”, ou seja, realiza mudanças de direção com bastante facilidade.
Conclusão
Em resumo, a supermoto da KTM é bastante divertida de se pilotar; versátil, já que pode rodar por rodovias e pequenos trechos por estradas de terra, sempre oferecendo conforto e segurança. Na Europa e também em outras partes do mundo, a KTM 990 SM T ABS irá enfrentar concorrentes de peso. Entre elas, a BMW R 1200 GS, Ducati Multistrada 1200, Honda Crossrunner e Triumph Tiger 1050.
Ao testar uma motocicleta tão divertida de se pilotar, o que se percebe é que todos os envolvidos no desenvolvimento da 990 SM T ABS são apaixonados por motos, rodam sobre duas rodas e respiram gasolina. Por isso, quem comprar uma KTM na Europa (e também no Brasil) pode ter certeza que o produto foi montado por pessoas que vivem o “mundo moto”.
A sport bike da KTM estará disponível na Europa, a partir de março, em três opções de cores: laranja, branca e preta. O preço sugerido é de 13 mil Euros. O modelo ainda conta com uma extensa lista de acessórios, com malas de alumínio, protetor de cárter, tank bag e escamentos em titânio da marca Akrapovic. Hoje, a KTM do Brasil comercializa o modelo 2010 da versão standard, sem ABS. O preço é de R$ 54.900 (sem frete). Segundo a marca, a 990 SM T ABS só chegará ao País no início do segundo semestre. O preço da supermoto com sistema de freios ABS, porém, ainda não foi definido.
FICHA TÉCNICA:
Motor: DOHC, quatro tempos, dois cilindros em “V”, refrigeração líquida
Capacidade cúbica: 999 cm
Potência máxima: 116 cv a 9.000 rpm
Torque máximo : 9,9 kgf.m a 7.000rpm
Alimentação: Injeção eletrônica Keihin
Capacidade do tanque: 19 litros (3,7 l de reserva)
Câmbio: Seis velocidades
Transmissão final: Corrente
Suspensão dianteira: Invertida, com 160 mm de curso
Suspensão traseira: Monoamortecida, com 180 mm de curso
Freio dianteiro: Disco duplo de 305 mm de diâmetro
Freio traseiro: Disco simples de 240 mm de diâmetro
Pneus: 120/70 ZR 17(D) e 180/55 ZR 17 (T).
Chassi: Treliça em aço cromo-molibdênio
Dimensões (C x L x A): ND
Altura do assento: 855 mm
Altura mínima do solo: 195 mm
Entre-eixos: 1.505 mm
Peso: 197 kg (sem combustível, mas com outros fluídos)
Cores: Laranja, Branca e Preta
Preço sugerido (Europa): 13 mil Euros
* Infomoto usou capacete LS2 MX433-3 Visor Matt Black e jaqueta Dainese Racing D-Dry
* O jornalista Aldo Tizzani, da Agência INFOMOTO, viajou à Espanha a convite da KTM.
Fotos: Divulgação KTM (Francesc Montero e Ula Serra)
A Yamaha do Brasil convidou o portal MOTO.com.br para visitar a sua fábrica, no Pólo Industrial de Manaus (AM). Durante um dia inteiro conhecemos as linhas de produção de vários modelos como a YBR (primeiro modelo 125cc da marca com motor quatro tempos produzida no país), a Fazer YS 250 (primeira motocicleta 250cc com injeção eletrônica no Brasil), Lander XTZ 250 (primeira off-road com injeção eletrônica) e a novíssima Ténéré 250.
Inaugurada em 1985, a fábrica está situada em um terreno de 420 mil m², tem hoje cerca de 3.000 funcionários e produziu em 2010 224.225 motocicletas e cerca de 15 mil motores de popa para navegação. Segundo a Yamaha, a unidade está preparada para produzir até 400.000 motocicletas por ano em três turnos. Levando em consideração a sua capacidade produtiva, no ano passado, foram utilizados 55% do volume total.
A linha de montagem de motos é composta de vários departamentos como fundição, solda, acoplamento de motor e transmissão, pintura, estamparia, entre outros. Em cada etapa é feita uma revisão no processo para garantir a qualidade e padronização. Se o componente apresenta alguma característica fora das especificações volta uma etapa na linha ou é substituído por outro.
Um detalhe curioso na fábrica da Yamaha é a grande presença de mulheres na área de produção, especialmente na parte de montagem de peças e componentes e no laboratório de pintura (um ambiente isolado e com assepsia total para evitar qualquer tipo de contaminação). Um dos supervisores da fábrica ressalta que o trabalho das mulheres nos pequenos detalhes, como na colocação dos raios de roda, surpreende pela agilidade e qualidade.
Projeto audacioso
A reportagem do MOTO.com.br também participou de uma conferência de imprensa, na qual a direção da Yamaha anunciou um projeto audacioso de expansão no Brasil, o maior desde sua instalação aqui em 1970 e a abertura da sua primeira fábrica no país em 1974.
O próprio presidente da Yamaha do Brasil, Shigeo Hayakawa, apresentou aos jornalistas convidados os planos para a ampliação da capacidade produtiva da fábrica na Amazônia para até 600 mil unidades anuais em um primeiro momento e para até um milhão de unidades em uma fase posterior, como parte de um projeto de reestruturação para os próximos anos. Os planos da marca não devem se limitar apenas ao aumento da produção de modelos atuais. Portanto, o lançamento de novos produtos devem estar sendo estudados pela Yamaha, inclusive com a produção de modelos flex.
“O mercado das duas rodas no Brasil está maduro e a Yamaha entende que esse é o momento ideal para colocarmos em prática o nosso plano de expansão. A Yamaha é líder de vendas em vários mercados e no Brasil temos espaço para crescer muito mais. A presença da nossa rede de concessionários que hoje conta com mais de 550 pontos no país também será ampliada durante esse processo”, ressalta Hayakawa.
Para o diretor comercial da Yamaha do Brasil, Mário Rocha, a marca está vivendo um momento especial, e essa é a oportunidade ideal para se estabelecer novos paradigmas em todos os níveis da empresa, desde a produção, vendas e pós-vendas, aproximando mais o motociclista de quem produz o seu objeto de desejo, a sua moto.
“Criamos a Universidade Yamaha que está treinando a equipe técnica da rede para que o cliente, na hora que vai comprar a sua moto, saiba tudo sobre o produto que está adquirindo com qualidade e segurança. Queremos ficar mais próximos do consumidor e estamos adotando um compromisso aqui na Yamaha que nenhuma moto deve ficar parada mais de um dia na assistência técnica por falta de peça”, destaca Rocha.
Os planos da Yamaha para o futuro parecem ser mesmo audaciosos. Agora é esperar pela realização das mudanças nas concessionárias e nas relações com o consumidor e acompanhar a ampliação da fábrica e, o principal, torcer por novos lançamentos que atendam às necessidades do motociclista brasileiro. Enquanto isso confira a galeria de fotos da nossa visita à fábrica da Yamaha.
* O jornalista viajou a Manaus (AM) a convite da Yamaha do Brasil
Fotos: Divulgação e Aladim Lopes Gonçalves
2010 foi um bom ano para a BMW. Foram vendidas no ano passado 98.047 motocicletas em todo o mundo, o que representa um crescimento de 12,3% em relação a 2009, quando foram vendidas 87.306 unidades.
Segundo o diretor geral da BMW Motorrad, Hendrik von Kuenheim, 2010 foi mesmo um ano expressivo. “Nossa linha de produtos conquistou novos clientes em todos os mercados. Vendemos 10.741 motocicletas a mais que em 2009 e fechamos o ano como líder de mercado em onze países.”
A Alemanha é o grande mercado da BMW com 15.833 motocicletas comercializadas em 2010. A Itália vem em segundo com 14.386 unidades. Outros mercados importantes para a marca são Estados Unidos, França, Espanha, Inglaterra e logo depois o Brasil, onde a BMW continua o processo de expansão da sua fábrica em Manaus (AM), inaugurada no final de 2009.
A motocicleta com maior volume de vendas mundiais em 2010 foi a protuberante R 1200 GS, com 18.768 unidades comercializadas, contra 15.864 unidades em 2009. Em seguida aparece a versão aventureira R 1200 GS Adventure, com 11.648 unidades ante 8.803 no ano anterior. A terceira mais vendida foi a clássica R 1200 RT, com 11.132 unidades.
Em seu primeiro ano de mercado a esportiva S 100 RR também conseguiu um bom volume de vendas, com 10.209 unidades, sendo que 90% das motos vendidas eram equipadas com sistema de freios Race ABS e controle de tração DTC.
Para o primeiro semestre de 2011 a BMW Motorrad anuncia o lançamento da K 1600 GT e da K 1600 GTL, que prometem inovar no segmento de motocicletas de luxo. O modelo virá equipado com motor seis cilindros em linha, o primeiro propulsor desse tipo a equipar a linha BMW Motorrad.
A Ducati Desmosedici GP11, a qual a superestrela Valentino Rossi e seu companheiro de equipe Nicky Hayden irão correr na temporada 2011 do campeonato Mundial de Motovelocidade, foi revelada na manhã desta quarta feira.
O nove vezes campeão Mundial e herói na Itália, Rossi, se juntou a equipe italiana para sua décima segunda temporada na categoria máxima do motociclismo mundial, enquanto que Hayden começará o terceiro ano como piloto de fábrica da Ducati.
A cor favorita de Rossi, o amarelo, foi incluída em sua roupa e na motocicleta, mas a cor predominante, como de esperado, é o vermelho e branco da Ducati Marlboro.
Além do amarelo, que é preto na motocicleta de Hayden, tem um grande aumento do branco comparado ao modelo do ano passado, enquanto que o escrito ´Ducati´ ficou maior na lateral da motocicleta.
Os pequenos winglets para não empinar a moto na lateral da carenagem, que apareceram em 2010, continuam, mas agora são pintados de preto. As saídas de ar e a aerodinâmica foram modificadas no modelo 2011.
Especificações:
Motor: Refrigerado a água, 90° V4 quatro tempos, Desmodromic DOHC, quatro válvulas por cilindro
Capacidade: 799cc
Potência Máxima: Mais de 200hp
Velocidade: 310 km/h
Transmissão: Seis marchas, com transmissão final por corrente
Carburação: Injeção Eletrônica indireta Magneti Marelli
Combustível: Shell Racing V-Power
Lubrificante: Shell Advance Ultra 4
Ingnição: Magneti Marelli
Exaustão: Termignoni
Suspensão: Dianteira e traseira Öhlins
Pneus: Bridgestone 16.5 na frente e atrás
Freios: Brembo - Na dianteira disco duplo de carbono de 320mm com 4 pistões. Único disco traseiro de aço inoxidável com pinças de dois pistões.
Peso à seco: 150kg
O mercado das duas rodas também entrou na febre das compras coletivas on-line. O Privalia ( www.privalia.com) é um clube de compras on-line e inicia 2011 com uma grande novidade para os amantes do motociclismo.
De 13 a 16 de janeiro, o site traz cinco marcas comercializadas pela distribuidora Winner Motors com descontos de até 55% e parcelamento em seis vezes sem juros. Marcas como Shark, Suomy, Zeus, Ixon e Puma são conhecidas pelos motociclistas por sua qualidade e preço alto. Porém, com os descontos fica fácil comprar equipamentos de alta qualidade e tecnologia.
Por exemplo: quem comprar o capacete Shark Rsx King Kqs pelo Privalia terá um desconto de R$ 700,00 no modelo. Além disso, o sócio poderá encontrar luvas, jaquetas, calças e botas das consagradas marcas mundiais em um só lugar.
Para comprar é fácil. Cadastre-se no site da Privalia e aproveite as promoções. O pagamento pode ser feito com os cartões de crédito Visa, Mastercard e Amex, em até seis vezes sem juros.











