O nove vezes campeão mundial de motovelocidade, Valentino Rossi, já começou o ano de 2010 no topo. No primeiro dia oficial de testes pré temporada, ontem, em Sepang, na Malásia, o piloto italiano andou 0s491
mais rápido que o segundo colocado.
O piloto da Yamaha foi o mais rápido durante quase o dia inteiro, marcando sua melhor volta de 2min01s411 na décima quinta volta, de um total de cinqüenta e quatro54.
“O dia de hoje foi muito importante porque neste ano, teremos apenas seis dias de testes para podermos acertar a moto, por isso não podemos perder tempo”, disse Rossi.
“Este primeiro dia foi muito positivo, nós experimentamos a nova moto para 2010, com chassis diferentes e um novo motor, que aguenta alguns quilômetros a mais, e ela é bem rápida”, acrescentou.
“A Yamaha trabalhou muito bem durante o inverno. Agora nós precisamos de algum tempo para ajustar os eletrônicos. Isso foi apenas o começo, mas parece que já está tudo acertado”, completou “The Doctor”
O rival mais próximo de Rossi foi o campeão do mundo em 2007, Casey Stoner, que ficou no topo da tabela nos estágios inicias, em sua décima segunda volta.
O terceiro mais rápido do dia foi o piloto da equipe satélite Tech 3 Yamaha, Colin Edwards, que afirmou ter adorado a nova edição da YZR-M1, com a qual ele rodou apenas 0s03 mais lento que Stoner, e 0s170
mais rápido que a Suzuki de Loris Capirossi.
Na quinta colocação e o último piloto dentro da casa de segundos de Rossi ficou o companheiro de equipe do italiano e vice-campeão mundial de 2009, Jorge Lorenzo.
Andrea Dovizioso foi o melhor piloto Honda com o sexto melhor tempo, enquanto Nicky Hayden (Ducati Marlboro), Daniel Pedrosa (Repsol Honda) e Mika Kallio (Pramac Ducati) ocuparam da sétima a nona colocação.
Hector Barbera surpreendeu sendo o novato mais rápido, fechando os dez melhores. O espanhol conduziu sua Aspar Ducati pelo circuito de Sepang apenas 1s6 mais lento que Rossi.
A quinta feira foi um dia quente e úmido em Sempang, com a chuva finalmente chegando cerca de 20 minutos antes do término dos testes, que continuam hoje, na sexta feira.
Resultados:
1) Valentino Rossi (ITA/Fiat Yamaha), 2min01s411 (54 voltas)
2) Casey Stoner (AUS/Ducati Marlboro), 2min01s902sec (42)
3) Colin Edwards (EUA/Yamaha Tech 3), 2min01s932 (48)
4) Loris Capirossi (ITA/Rizla Suzuki), 2min02s102 (58
5) Jorge Lorenzo (ESP/Fiat Yamaha), 2min02s165 (57)
6) Andrea Dovizioso (ITA/Repsol Honda), 2min02s630 (51)
7) Nicky Hayden (EUA/Ducati Marlboro), 2min02s792 (46)
8) Dani Pedrosa (EUA/Repsol Honda), 2min02s866 (52)
9) Mika Kallio (FIN/Pramac Racing), 2min02s987 (70)
10) Hector Barbera (ESP/Aspar Ducati), 2min03s030 (59)
11) Aleix Espargaro (ESP/Pramac Racing) 2min03s133 (54)
12) Ben Spies (EUA/Yamaha Tech 3), 2min03s142 (55)
13) Randy de Puniet (FRA/LCR Honda), 2min03s456 (62)
14) Alvaro Bautista (ESP/Rizla Suzuki), 2min03s558 (51)
15) Marco Simoncelli (ITA/San Carlo Honda Gresini), 2min03s563 (54)
16) Marco Melandri (ITA/San Carlo Honda Gresini), 2min03s609 (28)
17) Hiroshi Aoyama (JAP/Interwetten Honda), 2min03s651 (66)
Nesta terça feira, dia dois de fevereiro, a Yamaha Motor do Brasil convidou jornalistas de todo o país para apresentar três novos modelos de sua linha 2011: a Crypton 115cc nas versões ED (com partida
elétrica) e K; a YS Fazer 250; e o modelo XJ6 em duas versões, a semi-carenada (F) e a naked (N).
Começando por baixo
O modelo 2011 da Yamaha Crypton marca a volta desta CUB de baixa cilindrada ao mercado brasileiro depois de cinco anos fora das concessionárias, mas como se espera, com várias modificações. As mudanças
começam pela capacidade do motor, que aumentou 10cc desde o último modelo fabricado em 2004.
Com foco nas classes C e D, a CUB da marca japonesa chega ao mercado num preço um pouco inferior a sua concorrente direta. A versão K terá valor sugerido de R$ 4.550,00 e chega nas concessionárias no final
de fevereiro, enquanto a versão ED, com preço sugerido de R$ 5.200,00, chega no final de março.
O grande lançamento
A nova Yamaha YS Fazer 250 modelo 2011 chega para tentar solucionar um problema que se agravou com a chegada da concorrente Honda CB 300R: o desenho ultrapassado que acompanha o modelo desde seu lançamento
em 2005.
Com pequenas modificações em seu design, a nova Fazer 250 se inspira no desenho dos modelos mais esportivos da marca dos diapasões. Ganhou um novo painel de instrumentos, com visor de cristal líquido, rabeta
ascendente com lanterna triangular em LEDs (muito parecida com a da superesportiva YZF-R1). A moto adotou nova alça para a garupa e rodas de liga leve com desenho mais moderno e, diga-se, mais bonito.
O novo modelo manteve o mesmo motor e conjunto equilibrado das versões anteriores, mas com duas grandes diferenças, que segundo a empresa, faziam falta ao consumidor: freio a disco na roda traseira e uma
lâmpada do farol mais potente, de 60 watts.
A nova Fazer 250 é perfeita para encarar o trânsito das grandes metrópoles, principalmente por conta da economia, do conforto e da agilidade. A nipônica também pode encarar viagens curtas, já que o banco em
dois níveis, com novo revestimento, garante o máximo de conforto.
No conjunto de suspensões, garfo telescópico convencional, na dianteira, e balança monoamortecida, na traseira. Ambas com 120 mm de curso. Porém, na versão 2011, a Fazer ganhou novo link com rolete entre o
amortecedor e a balança traseira. Segundo a marca, para deixar o conjunto mais macio e estável.
O câmbio de cinco velocidades continua oferecendo engates rápidos e bastante precisos. Não houve mudanças nas relações de marcha e nem da transmissão final.
A motocicleta chega às concessionárias até o fim de fevereiro, com um preço público sugerido de R$ 10.950,00, nas cores preta, vermelha e roxa.
A substituta da FZ6
A XJ6 foi apresentada pela primeira vez no Intermot 2008, o Salão de Motos de Colônia, (ALM), com a proposta de ser uma moto de quatro cilindros em linha de fácil pilotagem. Ela apareceu como uma opção mais
tranquila da FZ6, que foi aposentada na Europa e agora também em solo nacional. A nova XJ6 tem como lema a facilidade de condução e conforto, com uma certa dose de esportividade.
Com um design mais atual que a extinta FZ6, a XJ6 herda lembranças de sua antecessora, como farol e painel. Seu motor de 600cc, quatro cilindros em linha, 16 válvulas, gera 77,5 cavalos de potência a
10.000rpm. Com um torque de 6,1 kgf.m a 8.500, a moto apresenta mais resposta em rotações mais baixas, ou seja, ótima para quem procura agilidade com muita potência dentro das grandes cidades.
O novo modelo tem quadro tubular em aço bastante compacto, e traz o motor como parte integrante (tipo diamante). O escapamento embaixo da motocicleta favorece o centro de gravidade, um dos segredos para a
ótima maneabilidade desta moto.
A versão naked, a XJ6N, tem um apelo mais esportivo, com uma posição de pilotagem mais agressiva que sua irmã mais “cheinha”, a XJ6F, e chega nas concessionárias em março nas cores branca e preta, com preço
sugerido de R$ 27.500. A versão “F”, que significa Full, traz carenagem integral e cavalete centra, itens importantes para quem quer uma moto para viagens. Somente na cor preta, esta versão também chega ao
mercado em março com preço sugerido de R$ 30, 500.
“Eu troco o óleo toda semana”. “Não deixo passar dos 1.000 km”. “O ideal é trocar na metade do recomendado pelo fabricante”. Esses são apenas alguns dos mitos que existem sobre a troca de óleo nas motos. Perdido no meio dessa confusão toda, o motociclista, que se preocupa com a manutenção do seu veículo, fica sem saber qual a hora certa de troca o óleo de sua moto.
A dúvida não deveria nem existir, afinal em todo “Manual do Proprietário” que acompanha as motocicletas há as recomendações dos fabricantes sobre o óleo correto e o intervalo entre cada troca de óleo. Mas o que fazer quando até mesmo na própria concessionária autorizada o mecânico recomenda substituir o fluido antes do recomendado?
“Realmente, 90% dos mecânicos que recebem treinamento trocam na metade do intervalo recomendado”, admite Alexandre Hernandes, Instrutor Técnico da Yamaha Motor. Responsável por capacitar os mecânicos das oficinas autorizadas, Alexandre afirma que isso acontece porque os mecânicos acreditam que dessa forma o motor dura mais. “Essa idéia vem da década de 80 quando os óleos duravam menos. Agora a tecnologia dos óleos evoluiu muito e o fluido dura mais”, explica.
Ao longo dos anos, assim como as motos, os óleos evoluíram. Tanto na viscosidade como nas especificações da API (American Petroleum Institute). “Antes os óleos atendiam normas mais antigas da API, agora o Yamalube, óleo recomendado pela Yamaha para suas motos, atende à norma SL, quer dizer uma especificação mais moderna, o que permite um maior intervalo na hora de trocar o óleo”, ressalta o Instrutor da Yamaha.
Nas motos de baixa cilindrada da marca, como por exemplo, a YBR 125 Factor, a fábrica recomenda a troca de óleo a cada 3.000 km – exceto na primeira troca que deve ser feita aos 1.000 km junto com a revisão. Porém, uma rápida visita aos fóruns na internet ou uma conversa com motociclistas mostra que a maioria faz a substituição a cada 1.000 km, inclusive com recomendação da concessionária. “Os concessionários recomendam isso porque sabem que a maioria dos clientes não verifica o nível do óleo entre as trocas. Então para evitar problemas recomendam que se troque o óleo na metade do tempo”, justifica Alexandre.
Alexandre aproveita para alertar os motociclistas: “mesmo que a troca seja recomendada a cada 3000 km o motociclista precisa verificar o nível de óleo periodicamente e, se necessário for, completar com o mesmo óleo utilizado”. Se o motociclista utilizar um óleo diferente, o fluido pode perder suas características, alerta ele.
O engenheiro da Honda, Alfredo Guedes, faz coro e admite que a troca do óleo antes mesmo que o recomendado pela montadora também acontece em concessionárias da marca. “O consumidor é resistente a mudanças. Antes, quando o óleo tinha especificação inferior, a troca devia ser feita aos 1500 km. Desde a CG 150, passamos a recomendar o óleo Móbil Super Moto 4T que tem viscosidade 20W50 e atende à norma API SF, portanto as trocas passaram para cada 4000 km. Com exceção da primeira que deve ser feita obrigatoriamente aos 1000 km ou após seis meses.”, explica Guedes.
A validade do óleo também é outro fator a ser levado em conta. Após sair da embalagem o óleo dura seis meses. Mesmo que a moto não rode a quilometragem indicada, depois desse período o óleo deve ser substituído. “Mas trocar o óleo toda semana ou a cada 1000 km, além de jogar dinheiro fora, o motociclista vai gerar resíduos desnecessários para o meio ambiente”, relembra o engenheiro que há 14 anos trabalha na Honda.
O óleo certo
Alfredo Guedes também alerta para o uso do óleo correto, ou seja, aquele recomendado pela montadora. “O consumidor deve sempre usar o óleo recomendado pelo fabricante. Pois já fizemos exaustivos testes em bancadas, ou rodando em condições severas. Muitos proprietários de motos maiores, como a CBR 600RR, por exemplo, querem usar óleo de base sintética, porque acham que é melhor. Não recomendamos”, avisa o engenheiro.
Segundo ele, os óleos de base sintética podem formar uma película nos discos de embreagem e reduzir o atrito. Com isso a embreagem pode começar a patinar. “Alguns fabricantes de óleo sintéticos afirmam que isso não acontece mais, porém a Honda ainda não testou esses óleos e o motociclista não deve utilizá-lo em nossas motocicletas. Exceto alguns modelos de competição que têm embreagem a seco”, reforça ele.
A maioria das motos de rua tem discos de embreagem banhados a óleo. Enquanto nos carros há um lubrificante específico para o motor e outro para a caixa de transmissão, na maioria das motos com motores quatro tempos à venda no Brasil o mesmo óleo que lubrifica cilindros e pistões, lubrifica também a caixa de marchas e a embreagem. “Por isso nunca se deve usar óleo de carro em motocicletas”, conclui Alexandre Hernandes, instrutor da Yamaha.
Conclusão
Para saber qual a hora certa de trocar o óleo de sua moto a principal recomendação dos fabricantes é só uma: seguir à risca o “Manual do Proprietário”. Tanto em relação ao óleo a ser utilizado quanto ao intervalo entre as trocas. Com isso, segundo o Instrutor da Yamaha, o motociclista tem a garantia de estar cuidando bem da lubrificação de sua moto. “Seguindo o Manual não tem erro, não tem xabu”, reforça Alfredo da Honda.
5 dicas sobre troca de óleo:
1) Nunca use óleo de carros em motocicletas
2) O óleo certo para cada modelo de moto é o recomendado pelo fabricante
3) Verifique o nível do óleo semanalmente
4) Na troca de óleo, verifique a necessidade de substituir os filtros de óleo e ar da motocicleta
5) Caso sua moto não rode muito, troque o óleo a cada seis meses
O INTERMOT, um dos maiores e mais importantes salões de motos do mundo, vai continuar a ser realizado na cidade de Colônia, norte da Alemanha, até 2016. O anúncio foi feito pela Koelnmesse, organizadora da feira, depois de renovar o acordo com a Associação da Indústria Motociclística da Alemanha (conhecida pela sigla IVM).
A parceria, que se encerraria neste ano de 2010, foi renovada por mais seis anos. “Assegurar essa parceria duradoura é importante para transformar o INTERMOT em um salão cada vez mais importante no cenário mundial”, declararam Oliver P. Kuhrt, Vice Presidente Executivo da Koelnmesse GmbH, e Reiner Brendicke, executivo chefe da IVM, em um anúncio conjunto.
Em 2008, o INTERMOT reuniu mais de 200.000 visitantes de 110 países para conhecer as últimas novidades de mais de 1.000 expositores – entre eles os “Cinco Grandes”: BMW, Honda, Yamaha, Suzuki e Kawasaki. Neste ano, o INTERMOT acontece entre 6 e 10 de outubro em Colônia.
Após o lançamento da Ducati Desmosedici GP 10 2010 no Wrooom evento, a Fiat Yamaha também quer tirar o embrulho de sua nova máquina para o campeonato
de motovelocidade deste ano, e o fará durante os primeiro testes da MotoGP em Sepang, na Malásia, que está marcado para o dia 14 de fevereiro.
Diferente do lançamento “online” do ano passado, o evento deste ano não inclui somente a equipe da Fiat Yamaha, mas também mostrará a nova carenagem e os
esquemas de cores da nova M1. Apostamos nas cores azul e branco.