A Vespa (marca controlada pelo Grupo Piaggio) renovou o visual da sua página na internet com o novo modelo 946 e lançou sua loja virtual (store.vespa.com), oferecendo uma série de produtos de butique e artigos da motoneta clássica.
O site Vespa Store dispõe de peças de vestuário, capacetes, bolsas de carga, mochilas, chaveiros, despertadores, relógios, agendas, entre outros itens alusivos à motoneta.
Nesse primeiro momento, o serviço da loja virtual está sendo oferecido em 10 países da Europa (Itália, Espanha, França, Inglaterra, Alemanha, Bélgica, Grécia, Croácia, Luxemburgo e Holanda), mas o serviço deve ser estendido em breve para os Estados Unidos e outros países.
Fotos: Divulgação
A Dafra apresentou no início do mês a Horizon 250, uma pequena custom que chega ainda este mês nas concessionárias de todo o Brasil com preço sugerido de R$ 13.690. O Moto.com.br esteve presente no lançamento do modelo e tivemos a oportunidade de andar e sentir as primeiras impressões desta moto, confiram!
Desempenho
A Horizon 250 chega com o mesmo propulsor da Roadwin 250R, que também é feita em parceria com a sul-coreana Daelim. Um monocilíndrico de 250,2 cm³, capaz de gerar 23,1 cv a 8.000 rpm e torque de 2,21 kgfm a 7.000 rpm. No entanto, algumas modificações foram feitas no motor para se adaptar ao estilo custom. Ela ganhou mais torque em baixas rotações e perdeu um pouco de potência.
Andando com a moto estas modificações ficaram nítidas. Já na saída você percebe a melhor distribuição do torque do motor, e se forçar a primeira marcha, ela atinge a velocidade perto dos 60 km/h, isso por que não há limitador de giros. A velocidade final chegou aos 140 km/h, (velocidades e painel). Segundo a montadora a velocidade real máxima fica na casa dos 125 km/h.
O conjunto no geral pareceu bom, a moto possui uma boa posição de pilotagem e é bastante confortável. As pedaleiras estão um nível mais elevado e não raspa no chão com facilidade. Por ser monocilíndrica a moto possui vibrações sim, porém, somente é sentida em altos giros, para quem deseja um modelo para passeio, ou mesmo para o dia a dia não terá incomodo algum.
Estilo/Qualidade
O visual da Horizon 250 agrada bastante, seu design possui linhas atuais e também conta com bastantes itens cromados, seguindo a tradição das custons. No modelo testado a moto estava equipada com os três acessórios homologados pela Dafra, o Sissy Bar vendido por R$ 299, a bolha frontal, também por R$ 299 e o protetor de pernas(apoio para os pés) comercializado por R$ 380.
Seu estilo custom recebeu diversos itens atuais, como injeção eletrônica e refrigeração líquida, e também manteve a tradição em alguns aspectos, como por exemplo, painel analógico arredondado. O diferencial para este painel fica por conta do marcador de combustível, indicador de luz de neutro e alerta da reserva, que ficam localizados no tanque da moto.
Assim como a Roadwin 250R, primeira moto da Dafra em parceria com a Daelim, a Horizon 250 possui qualidades para brigar por espaço no mercado brasileiro. No geral é uma boa opção para quem gosta do estilo, reúne todas as características modernas e a primeira impressão foi positiva. Resta discutir se o preço sugerido de R$ 13.690 está valendo a pena!
Mercado
Atualmente o mercado de motocicletas custom de baixa cilindrada está muito pequeno no Brasil, na faixa de 250cc somente a Kasinski possui um modelo disponível. Justamente pensando nestes consumidores, a Dafra aposta na Horizon para ganhar uma parte desses motociclistas.
Visando atender o consumidor que busca um modelo para o dia a dia, mas que também utiliza a moto para lazer aos finais de semana, a Horizon 250 chega para suprir a carência no estilo custom de baixa cilindrada e se torna mais uma opção no mercado.
Ficha Técnica
Motor monocilíndrico, 4 tempos, DOHC, refrigerado a água
Cilindrada 250,2 cm³
Disposição do Cilindro Vertical
Potência Máxima 23,1 cv / 8.000 RPM
Torque máximo 21,7 Nm / 7.000 RPM
Sistema de alimentação Injeção eletrônica
Diâmetro x curso 73 X 59,8 mm
Taxa de compressão 11,3 : 1
Transmissão 5 velocidades
Altura 1.140 mm
Largura 790 mm
Comprimento 2.245 mm
Distância entre eixos 1.500 mm
Altura mínima do solo 145 mm
Altura do banco 725 mm
Peso seco 163,4 Kg
Peso máximo admissível 150 kg
Chassi Berço duplo
Suspensão dianteira Garfo Telescópico
Suspensão traseira Bi amortecida
Freio dianteiro Disco duplo
Freio traseiro Disco
Rodas Liga leve
Pneu dianteiro 18 M/C 47S
Pneu traseiro 130/90-15 M/C 66S
Sistema de partida Elétrica
Capacidade do tanque de combustível 17,5 litros | Reserva: 5,5 litros
Capacidade do óleo do motor (após drenagem) 1,3 litro
Ignição Transistor (ECU)
Cores Preta e Preta/Pérola
Fotos: Renato Durães
Para comemorar 2013 em grande estilo, ano em que completa seu aniversário de 110 anos, a Harley-Davidson apresentou aos fãs da marca americana uma série especial de 110 anos (edição limitada) para quatro modelos, incluindo a Softail Fat Boy, que além de uma série de novos equipamentos e recursos incorporados na linha 2012 recebeu pintura especial em dois tons nas cores Black Vintage e Bronze Vintage e vários itens exclusivos de personalização alusivos ao aniversário da marca americana, especialmente no tanque e no motor.
O resultado da Fat Boy Lo Anniversary Edition 2013 é praticamente um estado da arte, em termos de design, acabamento e tecnologia dentro do gigantesco universo das motos custom. Assim como em todos os modelos da família Softail, a Fat Boy agora vem equipada com freios ABS, um recurso importante para aumentar o nível de segurança nas situações de frenagem, especialmente nessa categoria de moto com porte mais avantajado.
O motor que dá vida a essa Fat Boy especial é o consagrado dois cilindros em “V” Twin Cam 96B de 1600cc que surpreende pela força e robustez do seu conjunto. Com um torque anunciado de 12,1 kgfm a 3.000 rpm (a potência não é divulgada pelo fabricante) uma das grandes características desse propulsor é justamente o bom regime de força que facilita ultrapassagens, subidas e viagens, mesmo com passageiro e bagagens, além de uma condução mais confortável nas cidades, sem a necessidade de constantes trocas de marcha.
Além das melhorias implantadas pela Harley-Davidson na parte mecânica e de tecnologia, algumas soluções e mudanças no projeto deixaram a Fat Boy mais confortável e atual, mas sem interferir na sua personalidade. A moto ainda teve a suspensão rebaixada em cerca de três centímetros, fazendo com que ela tenha um dos assentos mais baixos de toda a linha, com aproximadamente 67 cm de distância do solo. Essa condição que facilita a vida para os pilotos mais baixos e para aqueles que gostam de se sentir mais conectados a motocicleta, além de transmitir uma sensação de mais leveza e controle para as manobras.
O guidão de perfil baixo e inclinado também reforça esse conceito de suavidade na Fat Boy, oferecendo melhor alcance. O piloto fica praticamente numa posição sentada, com os braços relaxados e os pés apoiados sobre pedaleiras do tipo plataforma. O novo assento é generoso e prima pelo conforto, inclusive para quem vai montado na garupa. O painel de instrumentos, posicionado no centro do tanque de combustível, traz informações de velocidade, hodômetros total e parcial, display digital com relógio, mostrador de combustível e luzes indicadoras, ajudando no visual clássico da moto.
Para quem está ao comando dessa exclusiva Fat Boy Lo Anniversary Edition o que fica nítido é que ela vira o centro das atenções por onde quer que passe. Rodando na cidade com tráfego mais intenso em 1ª e 2ª marchas o motor acaba esquentando bastante, especialmente pelo fato de usar sistema de arrefecimento a ar. Apesar disso, o seu comportamento no trânsito surpreende pela versatilidade, levando em conta seu porte avantajado e mais de 300 kg de peso. A buzina potente e com som grave demonstra no trânsito que não se trata de uma moto comum que está pedindo passagem.
No ambiente rodoviário a Fat Boy também não se faz de rogada e praticamente desliza pelo asfalto ao mesmo tempo com potência e suavidade. A moto roda na estrada com menos vibração, interferindo menos na condição de conforto para o piloto em função de o motor trabalhar com um regime de rotação mais baixo e não esquentar tanto. O câmbio de seis marchas é preciso e com engates que entram fácil.
O comando duplo do câmbio é mais uma opção para a passagem de marchas com as alavancas na ponta e no calcanhar. A sexta marcha funciona como um Overdrive (sobremarcha) “acalmando” o propulsor nas faixas de velocidades mais altas e ao mesmo tempo reduzindo o consumo de combustível. Uma luz verde acende no painel ao acionar a sexta marcha, ajuda o piloto a se orientar na hora de manter uma velocidade de cruzeiro na estrada.
Fora o bom acerto dos conjuntos de suspensão e freios, outro destaque fica por conta da adoção do sistema ABS como item de série, uma tranquilidade a mais para o motociclista, especialmente nas situações mais extremas, evitando derrapagens. O sistema de frenagem vem dotado de discos simples de 292 mm nas duas rodas. As rodas aro 17 têm estilo próprio com discos de liga de alumínio no estilo “Bullet Holes”. Bem equilibrada, a suspensão da Fat Boy tem garfo telescópico na frente e bichoque atrás (escondidos e montados horizontalmente) com um comportamento firme e estável na estrada e suave e confortável na cidade.
Em termos de consumo as medições feitas Fat Boy revelaram um gasto médio de 16 km/litro para o ambiente urbano e rodoviário. Considerando o tanque com capacidade para até 19 litros, é possível rodar até 300 km por tanque. Uma autonomia bem interessante quando estamos levando em conta pequenas e médias viagens e que ao mesmo tempo permite programar com segurança viagens mais longas com um bom roteiro para os abastecimentos ao longo do trajeto.
Para o conhecedor de motocicletas Harley-Davidson e proprietário de uma Fat Boy modelo 2007, convidado pela reportagem do MOTO.com.br para conhecer a versão atual e especial da Fat Boy, as mudanças foram muito bem-vindas e na sua avaliação deixaram a moto com uma condição mais leve e confortável.
“O engate de marchas ficou mais suave, o guidão parece mais aberto, oferecendo uma boa ergonomia para o piloto, assim como o assento mais baixo e mais cavado, dando mais apoio para a lombar. A nova Fat Boy está bem mais fácil de pilotar, inclusive em baixas velocidades”, destaca Bruno Siciliano.
Se a ideia é ter um custom tradicional e com toda a essência do visual vintage e mecânica moderna, a Harley-Davidson Fat Boy Lo é uma pedida e tanto, ainda mais se estivermos falando de uma exclusiva Anniversary Edition de 110 anos da marca com numeração especial no tanque e acabamento diferenciado. Uma máquina que pode ser encontrada no mercado brasileiro com preço sugerido de R$ 53.500 e que foi feita sob medida para o motociclista com destino ou sem destino, mas que sabe aonde quer chegar e sem pressa de chegar.
O jornalista utilizou no teste capacete LS2, jaqueta e luvas Race Tech, calça HLX e botas Dainese
FICHA TÉCNICA
Motor Dois cilindros em “V”, Twin Cam 96B, refrigerado a ar
Cilindrada 1.585 cm³
Potência máxima N/A
Torque do Motor 12,1 kgfm a 3.000 rpm
Relação de Compressão 9,2:1
Alimentação de Combustível Injeção Eletrônica por Porta Sequencial (ESPFI)
Sistema de Partida Elétrica
Câmbio Seis marchas, com Cruise Drive
Chassi Aço tubular com quadro berço duplo
Suspensão Dianteira Garfo telescópico, com 130 mm de curso e 41,3 mm de diâmetro
Suspensão Traseira Bichoque (escondidos e montados horizontalmente), com 91 mm de curso
Freio Dianteiro Disco Simples com 292 mm de diâmetro e pinça de 4 pistões
Freio Traseiro Disco simples com 292 mm de diâmetro e pinça de 2 pistões
Comprimento 2.385 mm
Altura do Assento 670 mm
Distância do Solo 125 mm
Trail 147 mm
Distância Entre-eixos 1.630 mm
Roda e pneu Dianteiro 140/75R17 67V
Roda e pneu Traseiro 200/55R17 78V
Tanque de Combustível 18,9 litros
Peso 313 kg (seco) e 330 kg (ordem de marcha)
Cores Black Vintage e Bronze Vintage
Preço sugerido R$ 53.500
Fotos: Aladim Lopes Gonçalves
A Yamaha iniciou no ano de 2000 as vendas de seu primeiro modelo popular com motor de quatro tempos, nomeada de YBR 125. Com o passar dos anos esta moto foi ganhando espaço no mercado e sofrendo alterações, a principal delas em 2008, quando recebeu um visual totalmente reestilizado passando a se chamar Yamaha YBR 125 Factor.
Desde então o modelo permaneceu o mesmo com poucas alterações, agora a Yamaha apresentou a segunda geração da Factor, que já está nas concessionárias disponíveis em quatro versões: K1 (versão básica de entrada) - R$ 5.390, K (versão básica) - R$ 5.690, E (partida elétrica) R$ R$ 6.120, ED (partida elétrica e freio dianteiro a disco) R$ R$ 6.490.
Mudanças
A Factor segunda geração recebeu diversas alterações, algumas bem vindas outras nem tanto. Durante o teste perguntamos para frentistas, amigos, e para alguns motociclistas o que eles notaram de diferença em relação à Factor modelo 2012. A grande maioria notou primeiramente a cor, no caso a branca em que estávamos usando. Na sequência perceberam o design da traseira e das laterais, que sofreram pequenas alterações, e só. Ninguém percebeu as outras mudanças da moto.
O design em geral melhorou, deixou o modelo mais moderno, ainda que sejam alterações sutis. Foi redesenhado o paralama dianteiro, os detalhes das aletas do tanque, a rabeta, além de receber um novo escapamento. Outro detalhe a elogiar é o painel, que trocou o conjunto de velocímetro e marcador de combustível com fundo preto das últimas gerações da Factor por um novo de cor branca, de melhor visualização.
Agora vamos falar dos detalhes e alterações que não gostamos na Nova Factor. Começando pela remoção do engine stop, um diferencial, que sua principal concorrente não possui e que equipava o modelo. Outro acessório que deixou de existir foi o lampejador de farol alto, muito útil em uma pilotagem noturna.
Além destes pequenos itens, a Factor Nova Geração também eliminou o cavalete central, optando por deixar apenas o pedal de descanso. Outro detalhe que também mudou e poucos perceberam foi o suporte da pedaleira do garupa, no modelo anterior a versão ED, possuía um desenho moderno e com material diferente, já as versões 2014, estão equipadas com o mesmo suporte dos modelos básicos da primeira Factor, de ferro e pouco estilizado.
Todas estas alterações são para justificar a redução de preço do modelo, que a nosso ver não foi bem acertada, pois a versão completa que custava R$ 6.920, baixou apenas R$ 430 reais. Se fossemos instalar por conta os acessórios perdidos da última versão o valor seria muito maior.
Tradição
A Factor Nova Geração seguiu a tradição e manteve o propulsor de 124 cm³, ainda alimentado por carburador e refrigerado a ar. Portanto os números de potência e torque permaneceram o mesmo, são: 10,2 cv de potência a 7.800 rpm e torque de 1,0 kgf.m a 6.000 rpm. Todas as características mecânicas permaneceram no modelo, já conhecido pelos motociclistas.
Possui um motor macio com baixos índices de vibrações e seu destaque fica por conta da economia. Durante o teste a Factor Segunda Geração fez a média de 38 km/l de combustível andando dentro do perímetro urbano. Ressaltando que o modelo do teste era zero quilômetro e estava em fase de amaciamento, não duvide que esta moto tenha potencial de ultrapassar os 40 km/l.
Fidelidade/Conclusão
A Yamaha anunciou junto do lançamento da Factor Segunda Geração a revisão com preço fixo, com intuito de deixar o consumidor atento aos valores que irá gastar com a moto. Uma boa novidade para o consumidor, que ficará sabendo os preços o da primeira à sétima revisão, ou seja, até os 18 mil km rodados.
Os preços ficaram assim: 1ª revisão com 1.000 km, como custo de R$ 21; a segunda com 3.000 km por R$ 21; a terceira com 6.000 km por R$ 116; a quarta com 9.000 km por R$ 116; a quinta com 12.000 km por R$ 157; a sexta com 15.000 km e a sétima com 18.000 km saem por R$ 116.
Apesar da renovação, a Yamaha pecou em retirar alguns itens da Nova Factor. Mesmo assim, esta moto segue sendo uma boa opção para a cidade, pois reúne o conforto e a praticidade, além de ser muito econômica. Basta escolher uma das versões disponíveis e se livrar do trânsito e do transporte público.
O jornalista utilizou no teste capacete LS2, jaqueta, calça, botas e luvas Alpinestar
Ficha Tecnica
Motor: monocilíndrico
Cilindrada: 125 cc
Diâmetro x curso: 54 x 54 mm
Taxa de compressão: 10:1 10:1
Potência máxima: 10,2 cv (7800rpm)
Torque máximo: 1,13 kgf.m a 6.000 rpm
Sistema de lubrificação: Cárter úmido
Alimentação: Carburador BS 25 Mikuni
Embreagem: Multidisco banhado a óleo
Câmbio: 5 velocidades, engrenagem constante
Sistema de ignição: Eletrônica Digital (CDI)
Sistema de partida: Elétrica
Transmissão primária: Engrenagens
Transmissão secundária: Corrente
Bateria: 12 V x 5,5 Ah
Chassi: Diamond
Suspensão dianteira / curso Telescópica / 120 mm
Suspensão traseira / curso Braço oscilante, 2 amortecedores, mola helicoidal, 5 regulagens de carga / 105 mm
Ângulo de cáster: 26º20
Freio dianteiro: Tambor de 130 mm de diâmetro
Freio traseiro: Tambor de 130 mm de diâmetro
Pneu dianteiro: 2,75 – 18 42P Metzeler ME 22
Pneu traseiro: 90/90 – 18 57P Metzeler ME 22
Comprimento x Largura x Altura: 1.980 X 760 X 1.080 mm
Distância entre eixos 1.290 mm
Altura do assento: 780 mm
Altura mínima do solo: 175 mm
Peso seco: 112 Kg
Capacidade do óleo do motor: 1,2 litros
Capacidade do tanque de combustível: 13 litros
Fotos: Leandro Lodo
O segmento de motocicletas Premium no Brasil está em alta, principalmente comparado a outros mercados como o Europeu, que apresentou uma queda significativa no último ano. Com esse cenário atraente, marcas como a Ducati se estabelecem no país e quem sai ganhando com isso é o motociclista, que tem um leque maior de opções na hora de comprar uma nova moto.
Comercializada em três versões (Standard, Carbon e a recém lançada Cromo), a Ducati Diavel é a primeira motocicleta da marca montada no país, na fábrica da Dafra em Manaus (AM). O modelo que reuniu um visual agressivo com um potente motor e muita tecnologia chega com preço sugerido a partir de R$ 58.900 e promete agradar o consumidor brasileiro. Confira nossa avaliação e saiba tudo sobre a Ducati Diavel!
Visual e Motor
Com visual extremamente moderno, a muscle bike da fábrica de Bolonha não se enquadra em nenhuma classificação. Suas grandes medidas e distância entre eixos referem-se a um modelo custom, já seu motor de 162 cv ao de uma superesportiva. Capaz de atingir uma velocidade de 0 a 100 km/h em 2,6 segundos, a Ducati Diavel é mais rápida até mesmo que sua irmã das pistas, a Panigale.
Impossível passar despercebido com a Diavel, seu motor dois cilindros em "L"de exatos 1.198,4 cm3 emite o som peculiar dos modelos da Ducati, que impressiona pelo seu desempenho. Com um torque de 13 kgfm, fica difícil não se surpreender com cada arrancada capaz de te arremessar da moto, não fosse o monoposto para te segurar.
No Brasil, a Ducati Diavel é oferecida em três versões. A Versão mais cara, a Carbon (R$ 69.900), traz rodas Marchesini forjadas e pesa 5 kg a menos que o modelo avaliado, o Standard (R$ 58.900 e 234 kg em ordem de marcha). E ainda há uma terceira versão, a recém lançada Cromo (R$ 63.000), que como o nome diz traz detalhes banhados em cromo como o tanque, a parte inferior do farol duas pequenas faixas no para-lama dianteiro e a descrição "cromo" marcada a laser em cada uma das entradas de ar.
Tecnologia
Outro ponto que impressiona é toda tecnologia embarcada no modelo, que possui sistema de freios ABS, três modos de pilotagem (Urban, Touring e Sport) e oito níveis de controle de tração, todas essas opções proporcionam mais de uma centena de combinações que se adequam de acordo com o tipo de pilotagem e ambiente.
Ideal para cidade, o modo de pilotagem mais adequado é o Urban, como o próprio nome diz. Nesse modo, a potência do motor é limitada em "apenas" 100 cv e as respostas são mais suaves. Nesse modo, o ajuste pré-definido mantém o controle de tração totalmente ativado e o ABS ligado, mas nesse ou em qualquer um dos modos de pilotagem essas opções podem ser alteradas.
No modo Touring, o motor despeja toda sua potência dos 162 cv disponíveis, mas as respostas ainda não são tão abruptas como no modo Sport. E apesar do modelo ter uma "cara"de uma Custom do futuro, no modo Sport com todos os controles desligados você tem uma verdadeira máquina de enrugar asfalto, basta "queimar" um pouco a embreagem e esse monstro vem no peito.
Ciclística e Desfecho
Devido suas grandes medidas (2.235 mm x 860 mm x 1.192 mm) e seu largo pneu traseiro de 240 mm que impressiona pelo tamanho, a moto é um pouco "dura" nas entradas e saídas de curvas, como se quisesse sair pela tangente. Apesar disso, não demora muito para se adaptar, sendo até mesmo possível fazer curvas raspando a pedaleira.
Seu chassi em treliça mantém uma rígida e confiável estrutura e em conjunto com a suspensão dianteira com garfo telescópico invertido e traseira com balança monobraço em alumínio ajustável, ambas com 120 mm de curso, mantém a moto totalmente estável mesmo em alta velocidade. Os freios da marca Brembo com ABS também surpreendem pela eficácia nas frenagens.
Difícil não se impressionar com esse canhão italiano agora "abrasileirado". Até mesmo quem não gosta do estilo, fica rindo a toa com tamanha potência, sem falar em seu visual inovador. Porém, em meio a tantos pontos positivos, dois deixam a desejar: a falta de conforto do garupa e claro, o preço. Salvo suas exceções, "mamma mia"que moto!
O jornalista utilizou nos testes calça e botas HLX, jaqueta e luvas Race Tech e capacete LS2 Carbon.
Ficha Técnica
Motor: Dois cilindros em "L", 1.198,4 cm³, 4 válvulas/cilindro, refrigeração líquida.
Potência: 162 cv a 9.500 rpm.
Torque: 13 kgfm a 8.000 rpm.
Câmbio: Seis marchas.
Alimentação: Injeção eletrônica.
Dimensões: 2.235 mm x 860 mm x 1.192 mm (CxLxA).
Suspensão dianteira: garfo telescópico invertido Marzocchi DLC com 50 mm de diâmetro e 120 mm de curso
Suspensão traseira: monobraço traseiro em alumínio com amortecedor ajustável e 120 mm de curso.
Freio dianteiro: dois discos de 320 mm de diâmetro com pinça monobloco Brembo de quatro pistões com ABS
Freio traseiro: disco de 265 mm de diâmetro com pinça de dois pistões e ABS
Pneus: Dianteiro 120/70-17 e traseiro 240/45-17.
Peso: 234 kg em ordem de marcha.
Tanque: 17 litros.
Preço: R$ 69.900 (Carbon), R$ 63.000 (Cromo) e R$ 58.900 (Standard)
Fotos/Imagens: Cine Photo











