A Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) divulgou o balanço sobre as vendas de veículos automotores em 2011. No total foram comercializados 5.573.499
unidades entre automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus e motos. Mesmo com a desaceleração da economia no segundo semestre, o ano de 2011 superou as expectativas. Já o
setor de duas rodas, teve exatos 1.940.564 unidades emplacadas ano passado. O número é considerado recorde histórico, pois supera a marca de 2008, que registrou 1.925.514 motos
licenciadas. O resultado do ano passado apresenta crescimento de 7,5% em comparação a 2010. E pensar que em 2005 o mercado havia emplacado “apenas” 1.027.424 motocicletas.
“Ano que vem o mercado deve emplacar mais de 2 milhões de motos, num aumento de 7,5% sobre 2011. Há três fatores econômicos que podem ajudar a estabelecer este novo recorde:
taxas de juros menores, menor inadimplência, além de o segmento absorver uma parte dos R$ 10 bilhões que serão liberados este ano provenientes do aumento do salário mínimo”, afirma
o novo presidente da Fenabrave, Flávio Meneghetti, dizendo que os bancos ainda estão seletivos na hora da aprovação de crédito ao consumidor.
Na visão da economista Tereza Fernandez, da consultoria MB Associados, o mercado de duas rodas tem condições de superar a casa dos três milhões de unidades já em 2014. “Hoje, a
economia brasileira tem lastro e o mercado motociclístico está amadurecendo. Além disso, a aquisição do bem financiado sem a necessidade de entrada também impulsionariam as vendas”,
sugere a economista.
Análise por região
Nos últimos dois anos, a região Nordeste vem se destacando como o maior mercado de duas rodas do País. Do total, os estados nordestinos foram responsáveis pelo emplacamento de
34,8% das motos vendidas em todo território nacional em 2011. Isso sem contar as motos de baixa cilindradas, entre 50 e 150cc, que não são licenciadas. Pelo segundo ano consecutivo, a
região Sudeste foi a segunda força do setor, com exatos 34% do total de emplacamentos.
Em outro bloco, estão empatados tecnicamente as regiões Centro-Oeste, Norte e Sul, com 10%, 10,3% e 10,8%, respectivamente. Vale destacar o crescimento gradativo da participação de
mercado dos Estados do Norte, que em 2007 detinha apenas 7,2% dos emplacamentos do País.
Para Flávio Meneghetti, o excelente resultado da região Nordeste está diretamente ligado à venda de cotas de consórcio. “Lá, 42% das motos são adquiridas por meio desta modalidade”,
afirma. O Consórcio Nacional Honda (CNH), por exemplo, fechou 2011 com o recorde de cotas vendidas: 1.010.934, um número 12,4% maior do que em 2010. Na visão de Marcos Z.
Fermanian, diretor da Honda Serviços Financeiros, “o aumento significativo demonstra um crescimento expressivo tanto na confiança como no poder aquisitivo dos consumidores”. Ao todo, o
CNH entregou 388.301 motocicletas zero-quilômetro.
Ranking das montadoras e modelos mais vendidos
Já no ranking por marca, a Honda confirma mais uma vez sua soberania com 78,82% dos emplacamentos, que representa 1.529.609 unidades emplacadas. A marca líder é seguida pela
Yamaha (11,85% e 230.018 unidades), Dafra (2,27% e 44.058 motos), Suzuki (2,12% e 41.186 unidades) e Kasinski (1,60% e 31.129 motos). Entre as marcas de motos Premium, destaque
para a Kasawaki (0,55% e 10.647 motos), BMW (0,29% e 5.553 unidades) e Harley-Davidson, com 0,22%, que corresponde a 4.322 motos emplacadas.
Para finalizar, o veículo mais vendido no País é uma moto. Com 457.993 unidades emplacadas em 2011, a Honda CG 150 desbancou o VW Gol (293.454) e Fiat Uno (273.537). Além disso,
sua irmã, a CG 125, ficou com a segunda posição do ranking, com 405.179 emplacamentos. Na sequência, estão Honda Biz 125, Honda NXR 150 Bros e na quinta e sexta posições, com
222.679 e 201.544 unidades licenciadas, respectivamente. Em nono lugar está a Yamaha Factor YBR 125, com 123.183 unidades emplacadas em 2011.
Fotos: Divulgação
Segundo o ex-ministro e sócio da Tendências Consultoria, Maílson da Nóbrega, a recente decisão do governo Federal de descomprimir os prazos de financiamento deve estimular um
crescimento nominal de 20% do crédito para a compra de veículos. “Será a segunda maior expansão de crédito em 2012, ficando atrás somente do crédito voltado para o setor imobiliário”,
afirmou.
Depois de fazer uma análise sobre a crise mundial, as dificuldades da zona do euro e os desafios que o Brasil tem pela frente, Maílson da Nóbrega, deu a melhor notícia do dia para os
participantes XXI edição do Congresso Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), evento que acontece entre os dias 23 e 25/11 no Expo Center Norte, em
São Paulo (SP).
Assim como outros palestrantes convidados, ele também reconheceu que o Brasil criou as condições necessárias para avançar, mas que ainda precisa melhorar muito os investimentos em
infraestrutura, educação e estimular o empreendedorismo. Entre outras projeções para o próximo ano, ele mencionou o declínio da taxa de câmbio, que deve chegar a R$ 1,65, e a redução
da Selic para 9,5% já em abril, que considera uma medida questionável, pois pode provocar uma onda inflacionária.
Convidado a traçar um panorama presente e futuro dos agronegócios no País, o presidente da ONG AgroBrasil – Valorização dos Agronegócios, Xico Graziano, lançou um olhar positivo para
o campo brasileiro em sua palestra “Fotografia dos Agronegócios”, proferida no primeiro dia da XXI edição do Congresso Fenabrave.
Segundo ele os avanços são inequívocos. “Temos cana de açúcar virando energia renovável, soja se transformando em biodiesel, cidades florescendo no interior, 1,5 milhão de pequenos e
médios agricultores progredindo, modernos laboratórios de pesquisa, pastagens adubadas e gado saúdável. Sem falar em negócios antes impensados, como fazendas de camarão e
piscicultura, gerando riquezas para os produtores”. Some-se a isso, o crescimento exponencial da silvicultura, que hoje já cobre 6,5 milhões de hectares do território nacional.
Por outro lado, ele apontou como aspectos que preocupam, como a desertificação da caatinga nordestina, o desmatamento da Amazônia, a briga entre ruralistas e ambientalistas, entre
outros, que precisam ser tratados com seriedade. “Queiram ou não, a demanda mundial por alimentos vai crescer e o Brasil é o único que tem condições de atender esse crescimento, mas
antes teremos que vencer alguns desafios, que envolvem decisões relacionadas ao Código Florestal”, finalizou Graziano.
Na manhã de ontem (23/11), “O futuro do F&I no mercado automotivo” foi um dos temas mais concorridos pelo público do XXI Congresso Fenabrave - Congresso e Feira de Negócios da
Distribuição Automotiva - que acontece até sexta-feira (25), no Pavilhão Vermelho do Expo Center Norte, em São Paulo. Representantes da JM&A, Assurance, Usebens, F&I Brasil, 2 Process
e Resource foram convidados para demonstrar novas estratégias para produtos de Finance and Insurance (F&I), essenciais para aumentar o ganho com F&I em 2012.
Dentre os vários tópicos levantados pelos participantes na mesa redonda, dois itens foram recorrentes na fala dos convidados: a necessidade da capacitação de equipes e a implantação de
novas tecnologias. O debate também ressaltou que a escolha do parceiro certo para estruturar o negócio é fundamental para obter bons resultados. Apesar do “F” continuar sendo o maior
gerador de caixa das empresas, é preciso adotar modelos flexíveis de negócios – respeitando a velocidade de cada concessionária – para chegar garantir saldos positivos no futuro. Em
relação aos produtos da parte do “I” (garantias estendidas, seguro da franquia, seguro de documento, etc.), o painel reforçou que as concessionárias precisam inserir na sua carteira um
“mix” de produtos bem adaptados ao modelo de negócio brasileiro.
Serviço
XXI Congresso e Expo Fenabrave – Congresso e Feira de Negócios da Distribuição Automotiva
Data: 23 a 25 de Novembro de 2011
Local: Pavilhão Vermelho, Expo Center Norte, Rua José Bernardo Pinto, 333 – São Paulo – SP.
Horários: dia 23, das 09hs às 17h30; dia 24, das 08h30 às 17h30; e dia 25, das 08h30 às 15h30
O segmento de motos esportivas de baixa cilindrada está atraindo cada vez mais as atenções dos fabricantes. Com a nova CBR 250R, lançada na Europa, a Honda quer ganhar mercado em
um segmento antes dominado pela Kawaskai Ninja 250R, esta vendida no Brasil. De olho no motociclista jovem, que quer uma moto para o uso diário, porém com um toque de
esportividade, a pequena CBR traz as linhas das irmãs maiores (e mais potentes) em um pacote bastante amigável.
Com roupagem de superesportiva, seguindo as linhas da CBR, a nova 250R não traz os tradicionais quatro cilindros em linha, devido a sua proposta. O intuito da Honda, segundo a própria
marca, é oferecer uma moto esportiva mais acessível e que consuma pouco combustível. Além, é claro, da versatilidade que o modelo de 250 cm³ pode oferecer.
Por isso, a fabricante japonesa adotou um propulsor de um cilindro, com duplo comando de válvula no cabeçote (DOHC), quatro válvulas, refrigeração líquida alimentado por injeção
eletrônica de combustível (PGM-FI). A Honda optou por uma refrigeração a água, que permite maior desempenho do motor — são 26,4 cavalos de potência máxima a 8.500 rpm, e pico de
torque de 2,42 kgfm a 7.000 rpm.
A posição de pilotagem também é um atrativo no novo modelo esportivo da Honda. Com assento a 780 mm do chão, até um piloto mais baixo se sentirá no controle da CBR 250R. Os dois
semi-guidões e as pedaleiras recuadas, de acordo com a Honda, foram projetados para criar uma posição de pilotagem esportiva.
Pequena notável
Embora possua pouca capacidade cúbica, a CBR 250R herdou toda a tecnologia das grandes motos da Honda. Além da refrigeração líquida, a ‘CBRzinha’ tem o sistema de freios combinados
e anti-travamento (C-ABS) e um painel completo, que traz velocímetro, caonta-giros, indicador de temperatura do motor, medidor de combustível e hodômetro parcial.
Como toda a linha CBR, a nova 250R é totalmente carenada, característica de uma moto com proposta esportiva. Apesar de pequena, a CBR 250R tem proteção aerodinâmica das suas irmãs
mais velhas e também oferece conforto para a garupa. Banco em dois níveis e duas alças para apoio das mãos contribuem para isso.
O conjunto de suspensões é convencional: garfo telescópico na dianteira e balança monoamortecida na traseira. Segundo a marca, o conjunto atende às necessidades do modelo. Os freios
também são condizentes com a proposta da CBR 250R. Disco simples de 296 milímetros com pinça de pistão duplo, na dianteira, e disco de 220 mm e pinça de pistão único, na traseira, são
suficientes para frear os 165 kg do modelo.
Disponível nas cores preta e tricolor (azul, vermelha e branca, no mlehor estilo Racing da marca japonesa) a nova CBR 250R já está sendo comercializada na Europa por 4.200 Euros,
aproximadamente R$ 10.000.
Não há previsão da chegada do modelo no Brasil, mas julgando pelo sucesso da Kawasaki Ninja 250R, bem que a “CBRzinha” seria uma concorrente à altura. Por enquanto, além da
“Ninjinha”, só a Kasinski Comet GTR 250R é oferecida ao motociclista brasileiro que gostaria de sair da 125cc e pilotar uma moto maior com um toque de esportividade.
Honda CBR 125R
A Honda também ingressou no mercado com uma esportiva de 125 cm³. A CBR 125R segue as características de sua irmã mais velha e a ciclística é praticamente a mesma. Comercializada
nas cores preta, tricolor e um diferente prata metálico que faz a 125 cc parecer uma motocicleta maior. Seu preço na Europa é de 3.400 euros, ou R$ 7.800.
Como a maioria deve saber, a Honda CB 600F Hornet é, desde seu lançamento em 2004, a motocicleta naked de média-alta cilindrada mais desejada pelo público e líder da categoria. Para
agradar o consumidor, a Honda apresentou o modelo 2012 no Brasil com novo design para consolidar ainda mais sua participação no mercado.
O principal critério utilizado pelo consumidor na hora de comprar sua Naked era o design, e como o modelo não foi modificado esteticamente desde 2008, a Honda percebeu que precisava
dar um “face-lift” na motocicleta para permanecer como líder em vendas. E foi isso que ela fez com o modelo 2012.
O novo design do conjunto óptico frontal ficou mais compacto e teve o farol e o painel integrados à carenagem. O painel de instrumentos foi totalmente remodelado e agora é todo digital.
Conta com velocímetro, indicador do nível de combustível, conta-giros, temperatura do líquido de arrefecimento, relógio, leitura do hodômetro total e parcial e ainda carrega novo
computador de bordo que marca o consumo instantâneo e médio em km/litro, além do Range, que mostra quantos litros a moto faz a cada 100 km e quando se entra na reserva, quanto
você ainda pode rodar.
Para receber a nova rabeta, o sub-chassi foi alterado, e deixou o design da traseira mais agressivo. O banco também é novo, mais estreito onde se encaixa a perna o que permite maior
conforto e ergonomia para o piloto. Para o garupa também uma novidade. A alça de apoio agora é integrada ao design da rabeta. Outra idéia muito boa do pessoal da Honda foi introduzir
quatro alças na parte debaixo do banco que permitem colocar amarras com maior facilidade. A traseira ganhou nova lanterna de LED integrada a rabeta, o que deixou o conjunto mais
harmonioso e elegante.
As especificações técnicas mantiveram-se as mesmas, mas podemos concordar que sua dirigibilidade e desempenho são um dos pontos fortes dessa moto. O que comprova isso são os
diversos prêmios que a CB 600F Hornet conquistou durante esses anos: “Moto do Ano 2008”, “Imprensa Automotiva 2008”, “Moto de Ouro” (2009 e 2010) e “Guidão de Ouro” (2009 e 2010).
O Brasil é o país que mais vende Hornet no mundo, mas acredito que também seja onde há mais roubos do modelo. Isso principalmente porque o próprio proprietário da moto, às vezes por
falta ou alto preço, acaba comprando peças no mercado negro. Para tentar minimizar isso, a marca da asa quer colocar mais peças de giro no mercado com um preço mais atrativo para que
o consumidor sempre procure uma autorizada. Além disso, a Honda prometeu que a seguradora Honda dará melhores condições para o seguro.
O preço público sugerido também ficou mais atrativo. A média atual de vendas mensais é de 470 unidades, mas para a nova Hornet a Honda projetou uma média de 580 unidades por mês e
com o maior volume de vendas, o preço ficou um pouco mais baixo; R$ 30.800,00 para a versão Standard e R$ 33.800,00 para o modelo com ABS (frete não incluso). A previsão de chegada
às concessionárias é dia 15 de agosto, nas cores Preta e Verde Metálica.
Fotos: Caio Mattos
A Harley-Davidson lançou nos Estados Unidos uma nova motocicleta na família Softail, a Softail Slim. Com pneu traseiro discreto e poucos elementos cromados, o nome Slim foi adotado
para batizar um modelo custom que promete discrição e bom gosto.
O assento é específico da Slim e fica apenas a 65 cm de altura em relação ao solo para oferecer uma posição de condução característica das motos bobbers. Já o motor é um Twin Cam 103B
com 1.690 cm³ de capacidade e refrigerado a ar.
Outras características do modelo são: câmbio de seis marchas, escapamento shotgun, velocímetro eletrônico, detalhes por toda moto em preto metálico e fosco, e ainda os freios ABS de
série. O preço ainda não foi divulgado.











