O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou ontem, em São Paulo, a isenção da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) — de 3% para 0 — para motocicletas de até 150 cilindradas entre 1º de janeiro e 31 de março de 2010, retomando o beneficio fiscal que acabou em setembro deste ano.
Fora isso, um crédito de R$ 3 bilhões para o financiamento de motocicletas foi anunciado por Mantega. Deste total, R$ 200 milhões vão ser disponibilizados por meio do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e o restante sairá de instituições financeiras como o Banco Votorantin (BV), que hoje pertence ao Banco do Brasil, e o Panamericano, comprado recentemente pela Caixa Econômica Federal.
O financiamento poderá ser feito diretamente nas revendedoras por intermédio dos bancos parceiros. “Estamos suspendendo a cobrança da Cofins até 31 de março do próximo ano, a partir do dia 1º janeiro, com alíquota zero sobre motos”, afirmou o ministro.
Para receber o financiamento, as revendedoras e fabricantes de motos se comprometeram a não demitir nesse período, durante o qual vão ser fiscalizadas por sindicatos. O ministro disse que o crédito de R$ 3 bilhões representará uma renúncia fiscal de R$ 54 milhões. O objetivo das medidas é ajudar o setor a retomar as vendas do patamar pré-crise.
Num surpreendente anuncio, o campeonato Canadense de Superbike declarou que proibiu toda a linha da Yamaha 2010 de entrar em qualquer uma de suas categorias, enquanto o modelo de qualquer ano da Yamaha YZF-R1 f0i banido da categoria Pro.
O anúncio veio após a Yamaha do Canadá desistir do campeonato canadense de Superbike, tanto em termos de fornecimento, quanto em envolvimento da equipe.
Por conta da retirada do apoio da Yamaha, o campeonato acrescentou uma série de regras que excluem a marca dos diapasões das corridas canadenses. Como tal, apenas os modelos do ano de 2009 ou anteriores da YZF-R6 poderão correr profissionalmente no Canadá a partir de hoje, ou até esta regra ser anulada. Aparentemente, as motocicletas de 600cc estão sendo poupadas pelo alto número de equipes privadas que as utilizam na categoria.
“Nossa maior preocupação é com as equipes particulares e pilotos amadores que utilizam o equipamento da Yamaha. A maior parte dos pilotos da Yamaha usam as motocicletas 600cc, e concordamos que isso seria melhor para todos deixar essas máquina já existentes continuarem a competir”, disse Colin Frase, um dos organizadores do campeonato, através do release da Professional Motorsports Productions.
Os organizadores adicionaram que planejam, e estão ansiosos, para reinstalar a Yamaha no futuro, quando a fabricante estiver apta para voltar ao campeonato canadense de Superbike.
Com o propósito de mostrar ao mundo que o esporte a motor pode ser ambientalmente sustentável, ex-pilotos e a União Dinamarquesa de Motociclismo vão organizar, em Copnehague, o primeiro enduro internacional exclusivamente para motocicletas elétricas. O Eco Enduro acontece neste final de semana e quer mostrar aos governantes presentes à Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas na capital dinamarquesa que o motociclismo está preparado para buscar alternativas que reduzam o impacto negativo do esporte no meio ambiente. O evento conta ainda com o apoio e supervisão da Federação Internacional de Motociclismo (FIM), além da participação de diversos pilotos de renome internacional.
“O Eco Enduro vai demonstrar que as motos elétricas podem participar de uma competição de enduro emocionante, sob as normas da FIM. O que certamente vai nos estimular a projetar o caminho do esporte. Vamos mostrar ao mundo que o motociclismo está acelerando para se preparar para o futuro”, declarou Vito Ippolito, presidente da FIM.
O Eco Enduro é organizado pelo piloto dinamarquês Ivan Reedtz-Thott, atual vice-campeão mndial de quadriciclos, e pela editora Scandinavian Racing Press, que tem revistas e sites sobre motocicletas, sob a supervisão da Federação Dinamarquesa de Motociclismo. A prova começa amanhã, 11 de Novembro, e vai até domingo. Os dois primeiros dias serão disputados como qualquer outra prova de Enduro, de acordo com as regras internacionais, em Strandegaard, 80 km ao sul de Copenhague. No domingo, para atrair a atenção da imprensa mundial, vai acontecer no centro da capital dinamarquesa uma prova de motocross em circuito fechado.
Pilotos de todo o mundo também apoiaram a iniciativa. A lista das estrelas é encabeçada pelo belga Joël Smets, cinco vezes campeão mundial de motocross, o norueguês Pal Anders Ullevalseter, campeão mundial de Rally em 2004, e a sueca Annie Seel, ex-campeã mundial de Rally entre as mulheres.
A competição
Os pilotos serão divididos em quatro categorias de acordo com a motocicleta utilizada. Na Pro I vão competir as motos da marca Suíça, Quantya, com preparação especial. Na Pro II, as motos Quantya terão de ser originais, como são comercializadas. Na Pro III, vão correr os modelos Zero MX da americana Zero Motorcycles. A categoria Proto vai permitir a participação de qualquer outra moto, desde que seja movida a eletricidade e não emita poluentes. Outra exigência é que as motos tenham autonomia para 15 km e tempo máximo de duas horas de recarga.
Nos dois primeiros dias, os pilotos vão percorrer trechos similares aos enduros convencionais com distâncias de até 25 km. No domingo, a pista em circuito fechado vai mesclar trechos de terra, como no motocross, e de asfalto, como na modalidade supermoto.
Apesar das estrelas que vão participar do evento não há favoritos ao título. Por
enquanto, o vencedor é apenas o meio ambiente. Pois o motociclismo mundial está provando que o esporte a motor pode ser emocionante, mesmo sem fazer barulho, uma das características das motos elétricas, e até sem poluir.
Conheça a suíça Quantya
O Salão de Milão (Eicma 2009), realizado mês passado na Itália, também focou a preservação do meio ambiente. A feira dedicou um espaço exclusivamente para veículos híbridos e elétricos. Batizado de “The Green Planet” (Planeta Verde), o local reuniu fabricantes italianos, ingleses, austríacos, alemães, suíços e até um sulafricano.
Destaque para a Quantya SA – Swiss Electric Movement. A empresa suiça apresentou no maior salão de motos do planetas os modelos Track (off-road) e Strada (motard). Com motor elétrico que gera 12 cv de potência máxima e 3 kgf.m de torque máximo, a Quantya Track é moto perfeita para a prática de atividades fora de estrada. Conta com suspensões Marzocchi Shiver (dianteira) e Sachs (traseira), além de freio à disco em ambas as rodas, aros de alumínio e pneus de cravos. No total, o conjunto pesa 93 kg.
A reportagem da INFOMOTO teve a oportunidade de rodar com o modelo em um dos pavilhões do Salão de Milão. A moto surpreende pela ciclística acertada e também por seu torque. A velocidade máxima chegou a cerca de 75 km/h. Mas há no punho esquerdo um outro manete (menor) que aciona um segundo estágio do motor elétrico, mais potente. Assim, parece que um “turbo” entra em ação e despeja mais energia para o sistema de transmissão. Há um ganho de cerca de 10 km/h.
A autonomia varia, segundo o fabricante, entre 30 e 180 minutos, já que tudo depende da “mão do piloto”. E o ciclo de recarga dura uma hora para que as as baterias de íon-lítio estejam com carga máxima. A Quantya Track custa cerca de 8 mil Euros.
A Honda foi a grande vencedora do 11º Prêmio Imprensa Automotiva, organizado pela Abiauto – Associação Brasileira da Imprensa Automotiva. O júri formado por jornalistas especializados concedeu cinco troféus para a Honda.
A Honda CBR 1000 RR com ABS foi eleita a Moto Abiauto 2009 - The Best – A Melhor entre as Melhores. Confira os vencedores por categoria: Honda Lead 110 (categoria Scooter), a Honda CB 600 F Hornet com ABS (categoria Street), BMW K1300 GT (categoria Turismo), Yamaha XVS 950 Midnight Star (categoria Custom), Honda XRE 300 com ABS (categoria On-off Road) e, finalmente, a Honda CBR 1000 RR com ABS (categoria Esportiva).
Aproveitando o prêmio da Abiauto, a Única – União da Indústria de Cana-de-Açúcar – conferiu o Destaque Mobilidade Sustentável para os modelos de menor poluição ambiental. Na categoria moto, o prêmio foi para a Honda Titan CG 150 Mix.
Jorge Lorenzo foi o convidado de honra em um evento para revelar o novo Júpiter Z esta semana, em uma convenção com capacidade para 5.700 pessoas, em Jacarta, na Indonésia.
O piloto de 22 anos, que começou sua turnê pelo Sudeste da Ásia em Bangkok na semana passada, participou de um show espetacular vestindo as cores da marca dos diapasões.
“Hoje eu experimentei um dos maiores espetáculos em um auditório que me lembro. O show foi impressionante e me fez perceber como esse país tem poder. Está crescendo em um ritmo rápido e a Yamaha vende cerca de três milhões de unidades por ano”, disse Lorenzo.
“Me senti muito bem em todos os lugares que passei nesta temporada, mas devo admitir que a Indonésia foi especialmente importante, mesmo que não receba um Grande Prêmio desde os anos 90. Eu adoraria ver a MotoGP de volta à este país, já que demonstrou um carinho imenso pela motovelocidade”, concluiu.
O espanhol irá agora aproveitar um pequeno “feriado” em Bali aonde conclui sua turnê.