Recentemente em um curso de “Auditor de Segurança Viária” oferecido pela Fundación Mapfre pude constatar como o tema está na pauta dos dirigentes políticos na Europa há mais de três décadas.
Dentre várias questões que ameniza ou evita um grave de acidente de trânsito, matéria obrigatório de estudo foi o “fator veículo” e até onde sua tecnologia embarcada pode evitar ou amenizar um acidente.
Na Europa há um rigoroso controle de qualidade para verificar desde a construção do veículo, sua mecânica e eletrônica, especialmente no que é oferecido ao consumidor em termos de segurança ativa (ABS, ESC, ESP) e segurança passiva (air bag, cinto de segurança e call center). Sim, há veículo que quando sofre acidente um call center é acionado e se ninguém responder já é emitido um sinal para os socorristas. Infelizmente esse sistema ainda não sai de fábrica em todos os veículos, todavia, o Parlamento Europeu luta para tornar item obrigatório.
Assim como tornou item obrigatório a partir de 01 de janeiro de 2016 o Anti-lock Braking System, ABS, para todas as motocicletas a partir de 125cc.
E o que isso tudo tem haver com nós brasileiros ou com o Brasil?
Tudo!
Muito se fala em segurança viária no Brasil e nada de concreto foi realizado neste que já é o 4º ano da Década Mundial de Segurança Viária determinado pela ONU que exige a redução das mortes na ordem de 50% pelos países membros.
Há um conjunto de lições a serem realizadas para diminuir a mortalidade de mais de 60 mil pessoas/ano, segundo dados da Seguradora Líder que administra o DPVAT, onde o Poder Público, hoje muito ocupado com Copa do Mundo e gastos faraônicos com “Arenas”, tem a cumprir como via pública de qualidade e mais segura, novo modelo de habilitação, educação, fiscalização, punição, dentre muitas outras questões e a iniciativa privada, aqui me dirijo aos fabricantes a oferecer veículos de duas rodas com maior segurança ativa.
Ainda, segundo dados do DPVAT: 66% das indenizações pagas são provenientes de acidentes com moto.
É um contrassenso falar em segurança viária com foco em motocicleta, quando temos uma quantidade enorme de motocicletas sendo vendidas ainda com freio dianteiro a tambor.
Mais do que substituir o arcaico freio a tambor por freio a disco, necessário seguir a lição dos irmãos europeus e todas as motocicletas a partir de 125cc terem freio ABS dianteiro e traseiro como item de série.
Infelizmente o Brasil é carente de dados estatísticos, todavia, não tenho dúvida que uma das grandes causas de acidentes envolvendo motocicleta, além da péssima via pública é erro na frenagem que seria suprido com o sistema ABS.
A discussão tem que ser aberta no setor de duas rodas, já que no de quatro rodas desde 1º de janeiro todos os veículos são equipados de série com freio ABS (segurança ativa) e air-bag (segurança passiva) como item de série.
- Honda demonstra eficiência de frenagem do ABS em seus modelos CB 300R e XRE
André Garcia é motociclista, advogado especialista em Gestão e Direito de Trânsito, colunista na imprensa especializada de duas rodas, idealizador do Projeto Motociclismo com Segurança que busca aculturar a sociedade em segurança viária por meio de palestras e aulas de pilotagem, laureado com o Prêmio ABRACICLO de Jornalismo em 2008 – Destaque em Internet e em 2013 – Vencedor em Revista, com matérias de segurança viária, foi homenageado pelo Dia Internacional do Motociclista em 09/08/2013 pela Câmara Municipal de São Paulo e Associação Comercial de São Paulo com o Troféu “Marco do Paz” destinado a quem se destaca em trabalhos de ação social e pela construção da cultura de paz no mundo. E-mail: andregarcia@motosafe.com.br
A Yamaha resolveu agir novamente e acabou de lançar uma concorrente direta para a Honda NXR Bros 150, trata-se da nova XTZ 150 Crosser, que chega ao mercado com itens exclusivos que prometem chamar a atenção dos consumidores.
Após ficar para trás com modelos de baixa cilindrada defasados com carburador e painel analógico, a Yamaha lançou no ano passado a Fazer 150, com injeção eletrônica, sistema flex e painel digital completo, e este novo lançamento herdou as mesmas características e motor com um design inovador para sua proposta.
Nós já pudemos avaliar o modelo testando as primeiras impressões e o resultado você confere agora!
Comportamento
Ao andar com a XTZ 150 Crosser a primeira impressão é de fato o conforto que a motocicleta oferece. Sua posição de pilotagem é bastante prazerosa e seu banco mais largo e em dois níveis ajuda a manter o relaxamento durante os deslocamentos.
Ela também esta muito mais macia e suave em relação à XTZ 125, o conjunto de suspensões sofreu alterações e recebeu na traseira um sistema de link deixando a moto mais apta a enfrentar as ruas mal pavimentadas das cidades brasileiras. A dianteira manteve os 180 mm de curso, porém a impressão é que ela esta mais adaptada para vias urbanas.
Outro fato que caracteriza o modelo para rodar dentro da cidade é a troca das rodas e pneus. A XTZ 150 Crosser possui rodas de 19” na dianteira e 17” na traseira com pneus um pouco mais largos com medidas de 90/90 na frente e 110/90 atrás.
O peso da moto aumentou cerca de 16 kg, mas isso não é notado na hora da pilotagem. Ela se mantém bastante precisa e rápida nas trocas de direção e possui fácil pilotagem, mesmo para os pilotos de baixa estatura. Seu acento ficou 4 mm mais baixo. O chassi também é completamente novo e foi desenvolvido especialmente para o modelo.
Motor
O propulsor da Crosser é o mesmo que equipa a Fazer 150, um monocilíndrico flex com injeção eletrônica que rende 12,2 cv de potência máxima com gasolina e 12,4 cv no álcool a 7.500 rpm. Este motor aceita a mistura em qualquer proporção entre os combustíveis.
A relação da Crosser também não sofreu alteração em comparação a Fazer 150, com isso ela possui uma velocidade final um pouco maior, porém, nas saídas e retomadas ela continua esperta. Segundo os engenheiros da Yamaha foi feito um trabalho especial no mapeamento do motor para permitir este comportamento.
O que podemos afirmar após andar os primeiros quilômetros sobre a Crosser, é que o motor atende bem a proposta do modelo. Ele é macio e possui um desempenho satisfatório para rodar dentro da cidade ou em pequenos deslocamentos. Claro que não dá para pegar a estrada com esta moto para viagens de grandes distâncias, pois será cansativo.
Agora, se você roda por muitas horas em cima de uma moto por dia, como a trabalho, por exemplo, ela pode atender bem suas exigências, pois ficou extremamente mais confortável em relação à XTZ 125, com a vantagem de poder rodar em estradas de terra.
Visual
Olhando para a XTZ 150 Crosser da pra confundir com algum modelo de maior cilindrada devido ao seu design inovador. Estas impressões podem ser vistas principalmente em seu tanque de combustível, que possui altura elevada e conta com entradas de ar feitas para melhorar a aerodinâmica do modelo.
Outro detalhe que remete a Crosser as motos de maior cilindrada da marca é o seu escapamento, agora posicionado em ângulo mais inclinado para garantir menor calor ao passageiro. Na traseira ela possui também um bagageiro moderno com alças de apoio em alumínio com capacidade de carga de 7 kg.
A Crosser esta disponível em duas versões, sendo a versão E com partida elétrica e freio dianteiro a tambor e a versão ED com partida elétrica e freio dianteiro a disco. Ao ser questionado sobre este freio a tambor, pois todas as versões da XTZ 125 vinham com freios a disco, a Yamaha informou que buscou a opinião dos clientes para fabricar o modelo e a região nordeste do país ainda possui grande número de consumidores que preferem o freio a tambor.
A versão ED além de vir com freio melhor também vem com um suporte do guidão regulável, o que permite um ajuste em dois níveis para melhor posição de pilotagem de acordo com cada piloto. O preço da Crosser 150 E é de R$ 9.050 e a versão ED sai por R$ 9.350.
Desfecho
O novo lançamento da Yamaha já estava previsto e chegou em boa hora para frear um pouco as vendas de sua concorrente, que está há anos na liderança das pequenas trails. A XTZ 150 Crosser tem potencial para ganhar boa parte do mercado, é uma moto versátil com itens exclusivos na categoria. Segundo a Yamaha eles pretendem conquistar 25% do mercado das pequenas trails.
As primeiras impressões foram totalmente positivas no modelo, ficou a desejar apenas um lampejador de farol alto, assim como possui a XTZ 125, que por sinal continuará à venda para os consumidores. Também não tivemos a oportunidade de andar com o modelo em estradas de terra, mas tudo indica que seu espírito mesmo é a cidade, mas nada impede de andar em ruas não pavimentadas. Ela estará disponível para venda nas concessionárias de todo o país a partir de abril, nas cores cinza grafite, branco e laranja.
Ficha Técnica
Motor: 4 tempos, SOHC , refrigerado a ar, 2 válvulas
Quantidade de cilindros: 1 cilindro
Cilindrada: 149 cc
Diâmetro x curso: 57.3 x 57.9 mm
Taxa de compressão: 9.56:1
Potência máxima: 12.2 cv (gas) 12.4 cv (eta) a 7.500 RPM
Torque máximo: 1,28 kgf.m a 6.000 rpm
Sistema de lubrificação: Cárter úmido
Alimentação: Injeção eletrônica
Embreagem: úmida, multidisco
Câmbio: 5 velocidades, engrenamento constante
Sistema de ignição: TCI
Sistema de partida: Elétrica
Transmissão primária: Engrenagens
Transmissão secundária: Corrente
Bateria: 12 V x 5 Ah
Quadro: Berço semi duplo
Suspensão dianteira / curso: Garfo telescópico / 180 mm
Suspensão traseira / curso: Braço oscilante Monoshock com link / 56,5 mm
Ângulo de cáster: 26°
Trail: 92 mm
Freio dianteiro: Disco de 230 mm de diâmetro,acionamento
Freio traseiro: Tambor de 130 mm de diâmetro
Pneu dianteiro: 90/90 - 19 M/C 52P
Pneu traseiro: 110/90 - 17 M/C 60P
Comprimento x Largura x Altura: 2.050 X 830 X 1.140 mm
Distância entre eixos: 1.350 mm
Altura do assento: 836 mm
Raio mínimo de giro: 2,1m
Altura mínima do solo: 235 mm P
Peso seco: 120 Kg
Capacidade do óleo do motor: 1,25 litros
Capacidade do tanque de combustível: 12 litros
Painel: Conta-Giros analógico: Digital – indicador de marcha, velocímetro, marcador de combustível, hodômetro total e parcial
Cores: Cinza grafite, branco e laranja
A fim de ser uma opção mais acessível principalmente para o mercado do norte e nordeste, região onde um modelo trail se encaixa perfeitamente, a Honda lançou a NXR Bros 125. Um modelo mais básico sem sistema de injeção eletrônica e freio a disco.
Com a “regressão” ao modelo de 150cc, a Bros 125 também não possui sistema flex e o seu motor é derivado da conhecida CG 125 Fan. Mas com todas estas alterações será que o preço deste novo modelo compensa para uma moto trail de entrada? Confira o teste do Moto.com.br e descubra.
Conjunto
O conjunto da Bros 125 já é bastante conhecido, uma moto confortável que atende perfeitamente as necessidades de locomoção diária, principalmente em cidades do interior, onde existem muitas estradas de terras. A versão 125cc mantém estas características, com uma ótima posição de pilotagem e fácil condução.
A exceção dos acessórios presentes no modelo de 150cc como injeção eletrônica e sistema flex são as características para ela ser um modelo mais barato. Entre estes itens creio também que a falta de um freio a disco na dianteira seja um ponto negativo, pois tratando-se de um modelo trail com proposta on/off road, ela deveria vir com este item de série, principalmente para uma pilotagem na terra em dias de chuva.
Fazendo um comparativo com a versão que avaliamos (Bros 125 KS), com a versão (Bros 150 ES), a mais simples da linha 150, a diferença de preço é de R$ 1710. Aplicando este valor a mais você pode ter uma moto com motor mais potente, injeção eletrônica, sistema flex e também partida elétrica. Sendo assim, creio que compensa o investimento, a não ser que a Honda reduza o preço praticado na linha 125.
Motor
O propulsor que equipa a nova Bros 125 também já é conhecido, um derivado do modelo CG 125 Fan, que rende 11,6 cavalos e 1,06 kgmf de torque, o que não empolga muito no desempenho, mas atende bem sua proposta urbana.
O ponto positivo é que este motor é bastante econômico e faz em média 33,9 km/l, uma autonomia de pouco mais de 400 km com um tanque de combustível. Durante o teste rodamos dentro da cidade e esta autonomia pode aumentar dependendo da tocada do piloto. Além de econômica o modelo é bastante silencioso e possui um excelente cambio de 5 marchas com engates precisos.
On/Off Road
Apesar de não ser um autêntico modelo trail, a Bros 125 pode muito bem ser utilizada dentro da cidade e também fora de estrada, isto porque sua suspensão de longo curso absorvem bem as irregularidades do asfalto e também das pequenas erosões em vias não pavimentadas. Na dianteira, a moto utiliza um garfo telescópico de 180 mm de curso e na traseira, balança monoamortecida com 148,6 mm de curso.
O conjunto desta moto é completado por um chassi do tipo berço semiduplo, que garante robustez e resistência. Seu peso baixo de 115 kg (versão KS seco), e suas rodas aro 19 na dianteira e 17 na traseira facilitam a vida para qualquer biótipo de piloto.
Desfecho
A NXR Bros 125 segue uma linha mais acessível no mercado das pequenas trails, e vem equipada com acessórios simples. Seu painel conta com velocímetro, marcador de combustível e hodômetro total analógicos e seus comandos são os básicos, buzina, setas e farol na esquerda e apenas o acelerador na direita. Os preços sugeridos são de R$ 7.190 versão KS e R$ 7.800, versão ES.
Com esta estratégia a Honda introduziu a pequena Bros no mercado, a fim, de ser um modelo mais barato e acessível. No entanto, conforme citamos no teste, o modelo poderia ter um preço um pouco menor para conseguir sucesso no mercado, pois os itens retirados do modelo 150cc fazem muita diferença.
No mercado sua principal concorrente é a Yamaha XTZ 125, que possui preço de R$ 7.010 na versão K (sem partida), também carburada e sem sistema flex, porém ela possui freio a disco com 220 mm de série na dianteira.
Ficha Técnica
Motor: Monocilíndrico, OHC, 124,8 cm³, refrigeração a ar.
Potência: 11,6 cv a 8.000 rpm.
Torque: 1,06 kgfm a 6.500 rpm.
Câmbio: Cinco marchas.
Alimentação: Carburador
Transmissão: 5 velocidades
Sistema de partida: Pedal (KS) Elétrico (ES)
Dimensões: 2.046 mm x 810 mm x 1.139 mm (CxLxA)
Pneu dianteiro: 90/90-19M/C 52P
Pneu traseiro: 110/90-17M/C 60P
Peso: 115 kg em ordem de marcha.
Tanque: 12 litros.
Cores: Preto e vermelho e Laranja
Fotos: Divulgação
A gigante indiana de motocicletas Hero MotoCorp apresentou no Auto Expo Motor Show 2014, em Nova Deli (capital da Índia), algumas propostas interessantes para o futuro e outras novidades no segmento de baixa cilindrada para o mercado asiático. O projeto mais curioso é o diferente conceito RNT equipado com tecnologia de motor turbodiesel de 150cc que serve para movimentar a roda traseira e um motor elétrico na dianteira. O sistema de propulsão pode funcionar de modo independente ou combinado.
Satisfeito com o trabalho desenvolvido pelos seus projetistas, o diretor e CEO da Hero MotoCorp, Pawan Munjal, não poupou elogios para o modelo na apresentação. “Este é mais um exemplo para a história da Índia. O que temos aqui é uma busca bem sucedida de nossos engenheiros para desbravar as novas fronteiras da tecnologia.”
As outras motos apresentadas pela Hero MotoCorp no evento foram a esportiva compacta HX250R; o novo scooter híbrido Leap, equipado com motor convencional de 125cc e motor elétrico de 8kW; o scooter tradicional Dash, com motor de 110cc, e a compacta urbana Xtreme Sports 150. A marca indiana não divulgou os preços e nem estratégia de lançamento para as motos. A fabricante não possui representação no Brasil.
A Yamaha esta preparando mais uma novidade para o mercado brasileiro, a nova XTZ 150, que vai chegar com motor flex e injeção eletrônica, o mesmo utilizado na Fazer 150.
A novidade ainda não foi apresentada oficialmente pela Yamaha, que só divulgou uma foto por enquanto. Porém, a equipe do Moto.com.br conseguiu com exclusividade alguns outros detalhes deste novo modelo.
Além do motor Blueflex de 2ª geração SOHC (Single Over Head Camshaft) de 4 Tempos, com um sistema de injeção eletrônica com mapeamento adequado para qualquer percentual de etanol e gasolina, o modelo virá com o painel digital semelhante ao da Fazer 150 com indicador de marcha.
O banco do novo modelo será em dois níveis para dar maior conforto tanto para o piloto quanto para o passageiro. As rodas raiadas são de 17 polegadas na traseira e 19 polegadas na dianteira e o freio dianteiro é a disco. O modelo conta ainda com partida elétrica e suporte para bagageiro na traseira.
Esta motocicleta foi flagrada pela mídia especializada no ano passado em testes aqui no Brasil, porém estava com disfarce. No entanto, agora após a foto revelada pela montadora tudo se confirma. O nome do modelo está como XTZ 150, mas tudo indica que terá outra sigla para completar o nome. A informação que recebemos é que chamará XTZ 150 Crosser.
O design da motocicleta é totalmente novo e nada o que há nela lembra a XTZ 125, que surgiu em 2002 e teve poucas alterações até hoje. Pela própria foto divulgada da para perceber que seu paralama é de perfil baixo e deve ter um pequeno bico de pato abaixo do farol.
Com esta novidade a Yamaha entra como forte concorrente no segmento trail de pequena cilindrada onde a Honda Bros domina atualmente o mercado. O lançamento oficial da moto deve ser no início de fevereiro.
Foto: Divulgação











