Imagine a situação. Você foi convidado para passar o final de semana em um hotel-fazenda nas montanhas de Minas Gerais. Para encarar o espírito aventureiro você decidiu ir até lá pilotando sua bigtrail. Mas, de sábado para domingo uma tempestade atinge a região. Resultado, os quilômetros de terra que ligam o hotel até o asfalto estão em péssimas condições de rodagem. O motociclista irá encarar trechos com lama, pedras soltas, além de ser obrigado a cruzar trechos alagados. O que fazer? Você está pronto para uma situação com essa?
A seu favor o piloto tem um tipo de moto feita para transpor obstáculos em qualquer tipo de terreno, mas é preciso técnicas para isso. Técnicas que mesmo o motociclista com pouca experiência no fora de estrada deverá usar para superar imprevistos como os desta fictícia viagem. Para isso a Agência INFOMOTO convocou o mineiro Felipe Zanol, melhor piloto sulamericano na última edição do Rally Dakar 2012. Ele passou dicas valiosas para encarar esses obstáculos. "São detalhes que podem fazer a diferença na hora do sufoco”, explica Zanol.
Para esta aula de pilotagem off-road, o piloto rodou com a Honda XL700V Transalp pela região do Parque Nacional do Itatiaia, na divisa dos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Confira as dicas:
1 - Recomendações para pilotar na terra
Pequenos ajustes podem melhorar a pilotagem em trechos de terra, mesmo com uma bigtrail de uso misto em terrenos muito lisos, como lama. “Baixar a calibragem é um deles; se normalmente você utiliza 30 libras, baixe esse número para 15. Assim, a moto terá uma maior tração", explica o piloto de enduro e rali. "Uma proteção de mão também se faz necessária, já que um galho pode bater no manete, te atrapalhar e até mesmo acionar o freio dianteiro por acidente."
2 - Subidas íngremes
O segredo é ter muito controle sobre o acelerador e ‘queimar’ um pouco a embreagem para transmitir a potência adequada para a moto e evitar que ela patine. “Acelerar em cima do barranco fará a moto patinar. O certo é acelerar antes, com tranquilidade, porque daí o motociclista sobe no embalo”.
3 - Declives de terra
Utilize sempre o freio-motor. “Aqui o motociclista precisa se posicionar bem antes de descer e soltar a moto. Use primeira marcha, utilizando o freio traseiro. O motociclista pode descer em pé ou sentado e isso vai mais da confiança de cada um. A vantagem de descer em pé na pedaleira é que seu pé já está em cima do freio traseiro”, explica Zanol.
4 - De pé sobre as pedaleiras
O terreno irregular tira o piloto de sua zona de conforto, e isso pode exigir uma pilotagem mais agressiva. No caminho o moto-aventureiro encontra pedras soltas, pisos irregulares e troncos. Ficar em pé facilita bastante a pilotagem porque o corpo não absorve aquela irregularidade, aumentando o equilíbrio e a segurança", diz Zanol.
5 - Frenagem em trechos irregulares
A técnica de dosar os freios dianteiros e traseiros é parecida com a utilizada no asfalto, mas na terra a atenção deve ser redobrada. "O freio dianteiro é aquele que efetivamente para a moto. Já o freio traseiro tem a função de equilibrá-la. Outra dica é utilizar ao máximo o freio motor para evitar o bloqueio das rodas. Você reduz as marchas e já solta a embreagem, acionando o freio em seguida”, explica o piloto.
6 – Na lama
Com piso escorregadio e com lama, a primeira providência e baixar a libragem dos pneus. Assim a moto estará mais equilibrada e oferecerá maior tração. Para pilotar a moto na lama o corpo do motociclista deve estar relaxando. Nunca faça acelerações ou frenagens bruscas. É “chão” na certa. Aqui a palavra-chave e suavidade.
7 - Encarando trechos alagados
No caso de uma poça d’água ou rio com pouca profundidade, o motociclista aventureiro precisa apenas tomar cuidado para não aquaplanar, dosando o acelerador, com calma. Agora se o caminho tiver muitas pedras e escorregadio, a melhor opção é passar ao lado da moto. “Se for um riacho com correnteza, a melhor opção é você descer da moto, escorá-la com seu corpo e controlar acelerador e embreagem.”
8 - Pilotando sobre pedras
Subir e descer pedras também exige muito cuidado com a aceleração e embreagem, mas o piloto precisa levar em consideração que o piso pode estar escorregadio. A dica é ir sempre devagar, com o pé próximo ao chão, sem deixar a moto embalar ou arrancar muito forte - principalmente quando for necessário superar trechos com pedras irregulares. “Neste caso é melhor ficar sentado, já que os pés mais próximos do solo pode ajudar a manter o equilíbrio.”
9 - Ponte estreita
Na visão de Felipe Zanol, o mais recomendado seria rodar com a moto onde está a marca do pneu do carro. “Mas se você perceber que é possível passar pelo meio, essa é a melhor escolha”, conta o piloto mineiro dizendo que toda vez que você encontrar uma ponte estreita, reduza a velocidade e alinhe a moto antes de passar por ela, porque o piso normalmente é mais escorregadio. “Se você deixar para corrigir uma trajetória em cima da ponte, a moto pode te jogar para fora”, explica Zanol.
10 - Levantando a moto
Agora se o tombo foi inevitável, tenha calma. A maneira mais eficiente de erguer a moto é mais simples do que se imagina. O certo é levantar pelo guidão mesmo, fazendo uma alavanca com o corpo para ficar mais leve. Antes disso é preciso verificar a condição da motocicleta. É normal “empenar” um pedal de freio ou o próprio câmbio, comprometendo a pilotagem.
Fotos: Renato Durães
A naked Z-750 chegou ao Brasil em 2010 juntamente com a instalação da Kawasaki no país. A motocicleta veio para ser a única nesta faixa de cilindrada, igualmente na Europa, onde faz sucesso desde 2003. Com o seu visual agressivo característico da família Z, ela se tornou objeto de desejo de muitos brasileiros.
Em qualquer lugar por onde a Z-750 passa ela chama a atenção, seja pelo seu belo design, quanto pelo som emitido de seu único escapamento com saída dupla. Basta acelerar acima dos 7 mil rpm para ouvir o ronco forte de seu motor, ou mesmo quando reduzimos, podemos sentir toda sua potência.
O pouco ângulo de esterço dificulta as manobras em baixa velocidade em meio aos veículos, entretanto, não é um problema para quem deseja utilizar a moto para o uso diário. O que também não é comum para a Z-750, tanto pelo seu preço como pelo seu porte. Com uma boa ciclística, os seus 230 quilos (modelo com ABS em ordem de marcha) são bem distribuídos e obedece facilmente o comando do piloto, tornando a motocicleta muito ágil.
O banco da Z-750 traz todo um design diferenciado em dois níveis. Para o piloto o espaço é amplo, porém, um pouco duro em relação a Z-1000, sua irmã mais velha. Em compensação, o banco do garupa é um pouco maior deixando o passageiro um tanto mais a vontade, contudo, não recomendo para longas distâncias.
A posição de pilotagem da motocicleta é confortável, o banco largo permite que o piloto se encaixe perfeitamente e tenha espaço para se locomover durante as curvas. É possível rodar durante horas sem se cansar, pois, a posição da pedaleira é pouco avançada.
Com uma proposta esportiva esta naked da Kawasaki com motor de 748cc, capaz de gerar 106 cv a 10.500 rpm obtém ótimos resultados quando falamos de velocidade. Entretanto, quando estamos rodando abaixo dos 6 mil giros a moto aparenta não ser uma 750cc, um pouco fraca, mas, quando se ultrapassa a casa dos 7 mil rpm a motocileta dispara. Quando reduzimos para entrar em uma curva, e logo voltamos a acelerar, sua retomada é boa, superior as nakeds de 600cc.
Sua suspensão dianteira invertida com o curso de 120 mm responde muito bem quando aceleramos em grandes e médias curvas. Já em curvas mais fechadas a frente não passou tanta confiança, tremendo um pouco e parecendo perto de seu limite. (A Z-750 possui ajuste no retorno e na pré-carga da mola, porém, não alteramos). Na parte traseira a suspensão foi muito eficiente, ela também possui ajustes em 7 níveis, o que facilita para quem deseja uma pilotagem forte a agressiva.
O seu torque de 8,0 kgf.m a 8.300 rpm é ideal para manter uma marcha constante na motocicleta acima dos 6 mil giros. Também é possível andar dentro da cidade em quarta marcha com baixas rotações, o que favorece o consumo de combustível, que ficou na faixa dos 15.5 km/litro.
O sistema de freios da Z-750 é muito eficiente, mesmo nas frenagens emergenciais em alta velocidade e, principalmente no modelo testado, equipado com sistema de freios ABS. Rodando com a pista molhada podemos ver a eficiência do sistema antitravamento, o que dá maior segurança para pilotos com pouca experiência.
Finalizando, a Z-750 é a naked ideal para quem deseja uma moto acima das 600cc, porém, com uma dosagem menor que as 1000cc. O seu motor é uma delícia, responde muito bem e empolga quando enrolamos o acelerador. Seu apelo esportivo e um design muito agressivo chama a atenção por onde passa. O seu preço é de R$ 33.990,00 na versão standard e R$ 37.390,00 na versão ABS.
O jornalista usou nos testes jaqueta e calça Race Tech, capacete e luvas Joe Rocket e botas Tutto Moto.
Kit de peças
Filtro de óleo: R$ 37,80
Filtro de ar: R$ 170,88
Pastilha dianteira: R$ 199,64
Pastilha traseira: R$ 199,64
Lâmpada do farol: R$ 74,82
Pneu dianteiro original: R$ 636,49
Pneu traseiro original: R$ 895,57
Kit relação: (coroa R$ 226,28), (corrente R$ 545,38) e (pinhão R$ 125,89)
Serviço
Cotação de Seguro (*)
A vista R$ 3.964,67
Franquia R$ 6.912,03
(*) Perfil médio: Homen, 25 a 35 anos, casado, sem filhos, com garagem em casa e no trabalho, morador de São Paulo e com residência em região razoável (zona sul ou zona oeste, por exemplo).
Agradecimentos
Cycle Assessoria e Corretora de Seguros
(11) 3159-0733
www.cycleseguros.com.br
Ficha técnica
Motor: 4 tempos, 4 cilindros em linha, refrigeração líquida
Cilindrada: 748 cc
Diâmetro x curso: 68,4 x 50,9 mm
Taxa de compressão: 11,3:1
Sistema de válvulas: DOHC, 16 válvulas
Potência máxima: 77,7 kW (106 CV) / 10.500 rpm
Torque máximo: 78 N•m (8,0 kgf•m) / 8.300 rpm
Sistema de combustível: Injeção eletrônica
Sistema de ignição: Bateria e bobina (ignição transistorizada)
Sistema de partida: Elétrica
Sistema de lubrificação: Lubrificação forçada (cárter úmido)
Transmissão: 6 velocidades
Sistema de acionamento: Corrente de transmissão
Sistema de embreagem: Multidisco, em banho de óleo
Tipo de quadro: Espinha dorsal tubular (com sub-quadro do motor)
em aço de alta elasticidade
Suspensão dianteira: Garfo invertido de 41 mm com retorno
e pré-carga da mola ajustáveis
Suspensão traseira: Uni-Trak com amortecedor a gás, com
retorno e pré-carga da mola ajustáveis em 7 níveis
Curso da suspensão dianteira: 120 mm
Curso da suspensão traseira: 124 mm
Pneu dianteiro: 120/70ZR17M/C (58W)
Pneu traseiro: 180/55ZR17M/C (73W)
Freio dianteiro: Disco duplo de 300 mm em forma de pétala, pinça dupla com pistão duplo
Freio traseiro: Disco simples de 250 mm em forma de pétala, pinça com pistão simples
Ângulo de direção (esq. / dir.): 31° / 31°
Dimensões C x L x A: 2.085 mm x 805 mm x 1.100 mm
Distância entre eixos: 1.440 mm
Distância do solo: 155 mm
Altura do assento: 815 mm
Capacidade do tanque: 18,5 litros
Peso em ordem de marcha: 226 kg/ 230 kg (c/ ABS)
Cores:Candy Lime Green, Metallic Spark Black, Pearl Blazing Orange
Fotos: Adriano Anjos e Luiz Roberto
Com piscas dianteiros integrados na carenagem e farol herdados da naked B-King, a Inazuma, ou mini B-King, está equipada com um motor de dois cilindros paralelos de 248 cm³, refrigerado a líquido e capaz de gerar 24,4 cv a 8.500 rpm.
Fabricada na China, a Inazuma também estará disponível no mercado italiano, mas ainda não há uma data ou preço confirmados. No Reino Unido, entretanto, a Suzuki já confirmou o valor de 3.499 Libras, o que corresponde a aproximadamente R$ 11 mil, valor semelhante ao cobrado no Brasil pela Yamaha Fazer YS250 (R$ 11.279), o que a torna bastante competitiva caso a J.Toledo/Suzuki, representante da marca, traga o modelo para o País.
Foto: Divulgação
Quase três meses depois do anúncio oficial de compra, Rupert Stadler, CEO da Audi, e Thomas Sigi, responsável pelo departamento de RH da marca alemã, visitaram esta semana as instalações da Ducati, em Borgo Panigale, na Itália.
Na ocasião, o executivo aproveitou para fazer seu primeiro discurso para os quase 1000 colaboradores da marca italiana e anunciar que a empresa já pertence oficialmente ao grupo alemão. “Estou muito feliz em anunciar que as autoridades antitrustes aprovaram o acordo no início de julho, eliminando o último obstáculo para iniciarmos o nosso futuro juntos.
A Ducati será oficialmente parte da família Audi a partir da próxima semana”. Stadler também tranqüilizou os funcionários e dizer que substancialmente nada irá mudar em suas rotinas. “A Ducati continua sendo a Ducati”, finalizou o executivo.
Foto: Divulgação
Diversos lançamentos foram apresentados pela Honda para o segundo semestre de 2012, entre as novidades está a mais nova motocicleta da categoria on/off road: a NX 400i Falcon 2013.
Baseado no sucesso NX4 Falcon, a receita foi aprimorada e recebeu atualizações que a deixaram em acordo com as normas ambientais (emissão de poluentes). Além disto, o modelo ganhou novo design que mantiveram o DNA, sistema de injeção eletrônica PGM-FI, e promete agradar os motociclistas que buscavam uma motocicleta de média cilindrada com apelo de uso misto.
A utilização da injeção eletrônica marca o retorno da Honda ao segmento de 400cc, uma vez que atende com folga as normas do Promot 3 (Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares).
A motocicleta, que será produzida na fábrica de Manaus (AM), promete agregar mais conforto, agilidade e torque no momento da pilotagem, graças ao sistema de injeção PGM-FI. Mas as novidades não param por aí. O novo design relembra muito a sua antecessora, mas transmite mais modernidade e arrojo aliado ao estilo aventureiro.
Todos esses atributos visam atender às expectativas dos consumidores brasileiros, que passam a contar agora com uma versão intermediária de cilindrada dentro da categoria on/off road. A Honda irá comercializar o modelo a partir de agosto em toda a sua rede de concessionárias, e a estimativa é vender mais de 11.000 mil unidades por ano.
A NX 400i Falcon 2013 estará disponível nas cores preta, vermelha metálica e prata metálico, e com preço público sugerido de R$18.900,00. O valor tem como base o Estado de São Paulo e não inclui despesas com frete e seguro. A garantia é de um ano, sem limite de quilometragem.
Especificações Técnicas
Motor 397,2cc, OHC, RFVC, monocilíndrico, 4 tempos, arrefecido a ar
Potência máxima 28,7 cv a 6.500 rpm
Torque máximo 3,27 kgf.m a 6.000 rpm
Diâmetro x curso 85,0 x 70,0 mm
Alimentação Injeção eletrônica de combustível PGM-FI
Relação de compressão 8,8 : 1
Sistema de lubrificação Forçada, por bomba trocoidal
Sistema de ignição Eletrônica
Bateria 12V – 6 Ah
Farol (alto/baixo) 60/55 W
Sistema de partida Elétrica
Capacidade do tanque 15,3 litros (5,3 litros de reserva)
Óleo do motor 2,2 litros (1,7 litro para troca)
Transmissão 5 velocidades
Embreagem Multidisco em banho de óleo
Suspensão dianteira Garfo telescópico com 215 mm de curso
Suspensão traseira Mono-amortecido Pro-Link com 180 mm de curso
Freio dianteiro Disco simples de 256 mm de diâmetro e cáliper de duplo pistão
Freio traseiro Disco simples de 220 mm de diâmetro e cáliper de pistão simples
Pneu dianteiro 90/90 – 21M/C (54S)
Pneu traseiro 120/90 – 17M/C (64S)
Chassi Berço semiduplo
Altura do assento 850 mm
Altura mínima do solo 242 mm
Dimensões (C x L x A) 2.157 x 789 x 1.222 mm
Entre-eixos 1.434 mm
Peso seco 157 kg
- Confira mais matérias com outros lançamententos Honda clicando em um dos links abaixo:
Honda NC 700X e Biz 100
http://www.moto.com.br/acontece/conteudo/honda_lanca_no_brasil_os_modelos_nc_700x_e_biz_100-54281.html
Honda CBR 1000RR Fireblade edição comemorativa de 20 anos
http://www.moto.com.br/acontece/conteudo/honda_cbr_1000rr_de_20_anos_desembarca_no_brasil-54403.html
Fotos: Divulgação











